terça-feira, julho 07, 2015

Acho que o que se está a passar na Europa em relação à Grécia é uma aberração sem perdão. Que grande cambada de burrocratas, de vice-irrevogáveis brincalhões. Com vossa licença, desisto. Vou relembrar os 10 Mandamentos.




Os banqueiros centrais do euro decidiram em Frankfurt não aumentar a linha de emergência a que podem recorrer os bancos gregos e “ajustar” a redução de valor dos colaterais que apresentam junto do Banco Central da Grécia. Há uma ameaça real de colapso bancário. [Jorge Nascimento Rodrigues, aqui]

Alexis Tsipras telefonou a Mario Draghi ao início da noite desta segunda-feira. ao início da noite. Noutro telefonema, Lagarde comunicou a Tsipras que o FMI não liberta mais fundos para a Grécia, enquanto o Governo de Atenas não pagar as dívidas em atraso [Manuela Goucha Soares, aqui]

Deixar sair é deixar cair. É deixar a Grécia tombar para vala incomum da catástrofe humanitária. É deixar os bancos colapsarem e pagar parte do prejuízo – não veremos um chavo. Mas o “não” do referendo não criou esse risco, confrontou a Europa com ele. Os gregos já estavam feridos pela seta, no referendo escolheram o risco de empurrá-la pela barriga adentro para que saia pelas costas. Mas quem quis matar politicamente Alexis Tsipras revigorou-o. Queriam um sonâmbulo, saiu-lhes um funâmbulo, um político meio doido que faz o inesperado e, podendo estatelar-se, salta. Basta que o BCE deixe de apoiar e a ruína chega em poucas horas. [Pedro Santos Guerreiro, aqui]

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Desisto. Que venha, então, Moisés com os 10 Mandamentos


Há seis mil anos, quando um cabeludão descia um morro carregando pedra, ele era considerado maneiro. Hoje em dia, isso é crime. Mas uma coisa nunca mudou: onde houver um "Silas Malafaia", as "Marilias Gabrielas" vão atrás.



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E que me desculpem o humor numa hora destas mas acho que isto já só lá vai com uma sonora gargalhada na cara dos estúpidos que não estão à altura das funções que desempenham. Que algumas atarantadas, algumas coisinhas e coisinhos, alguns camilos, alguns beatos à mistura com umas quantas virgens achem que estas coisas são como gerir a mesada das crianças, eu ainda desculpo, tenho um coração grande, que hei-de fazer? Mas que gente paga a peso de ouro para estar à frente das grandes instituições da Europa tenha o mesmo tipo de raciocínio é que a mim até já me dá vontade de rir.

Rir. Rir na cara deles. Rir na cara desses brincalhões.. 
É que ou é por mal, por estupidez ou, então, por um estranho de sentido de humor que só lhes dá para fazerem e dizerem disparates. Na volta, querem mesmo é que a gente se lhes ria na cara, na volta não passam disso mesmo, de uns brincalhões. De uma espécie de vice-irrevogáveis brincalhões que não respeitam a pobreza dos outros nem querem saber da miséria e do medo que as suas palavras e decisões provocam na vida de tanta gente.
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E, acabado de receber por mail de Leitor a quem agradeço, eis o Tsipras e o espanto da Merkel (que pensava que ele era um coelhinho manso ou uma marilú).


Não sei quem é o autor da piada para aqui deixar o respectivo crédito.
Mas concordo com a observação.

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1 comentário:

Rosa Pinto disse...

Nada como o bom humor.

Segundo a Imprensa Falsa:
“Sempre tive a convicção de que o meu pacote era o melhor”, é o título da entrevista, onde Varoufakis fala sobre o pacote de medidas que defendeu para a Grécia, comparando-o com o pacote de Merkel, que Varoufakis diz ser ainda mais medonho ao vivo do que na televisão.

Sem dúvida que sou grega.