domingo, junho 21, 2015

Christine Lagarde, em carta, jura fidelidade a Sarkozy. "Tout un programme" ! Fanfarrona com os que estão na mó de baixo..... próxima da horizontal com os, pelo menos momentaneamente, poderosos.*


De Leitor de quem recebo sempre artigos, livros, músicas, vídeos e tudo sempre interessante e de meu agrado, recebi mail com material extraordinário.

Entretanto, vi que o Público já se fez eco de um das aberrações que constava desse material e, portanto, por uma questão de facilidade -- já que admito que muitos dos meus Leitores não percebam bem o francês -- transcrevo daqui uma parte:

A directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) e ex-ministra da Economia francesa, Christine Lagarde, suspeita de cumplicidade no desvio de fundos públicos no chamado "escândalo Tapie", terá escrito uma carta ao antigo Presidente Nicolas Sarkozy em que lhe jura fidelidade.


Largarde foi ouvida em tribunal no passado dia 23 de Maio. Dois meses antes, a polícia tinha encontrado em sua casa uma carta manuscrita dirigida ao antigo Presidente francês. A missiva foi nesta segunda-feira revelada pelo jornal Le Monde, que alega ter tido acesso ao processo judicial que condenou o Estado francês a indemnizar em 2008 o empresário francês Bernard Tapie com 403 milhões de euros. Tapie é amigo de Sarkozy e apelou ao voto no ex-Presidente.

“Querido Nicolas, de forma breve e respeitosamente, estou ao teu lado para te servir e servir os teus projectos para França”, começa por dizer a carta, que não se sabe se chegou a ser entregue a Sarkozy.

Ainda segundo o Le Monde, Christine Lagarde diz ter dado o melhor de si, acrescentando que se alguma vez falhou pede que Sarkozy lhe conceda perdão.

“Utiliza-me como te convier e como convier ao teu projecto. (…) Se me utilizares, necessito de ti como guia e do teu apoio: sem a tua condução poderia ser ineficaz, sem o teu apoio seria pouco credível. Com imensa admiração, Christine L”, pode ler-se na carta divulgada pelo jornal francês.


(...)

E agora, transcrevo na íntegra a asquerosa carta manuscrita que foi encontrada e enviada ao Le Monde que a divulgou:

"Cher Nicolas, très brièvement et respectueusement", écrit la patronne du FMI. 
"1) Je suis à tes côtés pour te servir et servir tes projets pour la France. 
2) J'ai fait de mon mieux et j'ai pu échouer périodiquement. Je t'en demande pardon. 
3) Je n'ai pas d'ambitions politiques personnelles et je n'ai pas le désir de devenir une ambitieuse servile comme nombre de ceux qui t'entourent dont la loyauté est parfois récente et parfois peu durable. 
4) Utilise-moi pendant le temps qui te convient et convient à ton action et à ton casting. 
5) Si tu m'utilises, j'ai besoin de toi comme guide et comme soutien : sans guide, je risque d'être inefficace, sans soutien je risque d'être peu crédible. Avec mon immense admiration. Christine L. "

Um asco. Lê-se e não se acredita nesta miséria. Como pode uma pessoa rastejar desta forma? Que desilusão que esta parva me tem saído, caraças.

E é nas mãos de gente destas que está o poder de decidir grande parte dos destinos do Mundo...? Assustador, muito assustador.

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* Permiti-me usar no título da mensagem (parte em itálico), sem pedir prévia autorização, o texto que o Leitor escreveu no mail. Por isso e por tudo daqui lhe envio o meu agradecimento.

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E, agora, convido-vos a descerem até ao post seguinte no qual poderão conhecer a história de Beatriz, a mulher que se sentia como se estivesse a ver dentro de um conto (talvez de Borges)

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1 comentário:

Anónimo disse...

Um monte de esterco, esta Madame! Por todas as razões e mais esta ainda!
P.Rufino