sexta-feira, março 20, 2015

Escala para medir o que é que uma mulher quer com os homens a partir do tamanho do decote, da altura da saia e da altura dos saltos dos sapatos - para marialvas papalvos, claro


Vi no Bored Panda as imagens de uma campanha a favor da igualdade de géneros e contra os preconceitos machistas que avaliam as mulheres a partir da forma como se arranjam. E devo dizer que achei uma coisa bem feita.

É uma campanha divertida e chama a atenção. Foi promovida pela Terre Des Femmes, uma organização suiça que luta a favor da igualdade de géneros. A campanha foi concebida por Theresa Wlokka com os estudantes da Miami Ad School na Alemanha.


E o que vos tenho a dizer é que, obviamente, não apenas concordo que é uma estupidez tirar ilações morais a partir da forma como nós, mulheres, nos arranjamos como, feita parva, dei por mim a olhar para mim própria, a aferir tamanhos pela escala. E concluí que, algum papalvo que me olhasse com olhinhos matarruanos, diria de mim que, pelo decote, eu estava a pedi-las (no mínimo) quando, afinal, a questão é mais calor já que não consigo usar decotes subidos (acho que nunca na vida usei gola alta). 




Pelo salto dos sapatos, seria atrevida



E pelas saias não concluiria nada já que estava com calças.


...

Conclusão: quem vê decotes, pernas ou saltos não vê corações nem cabeças. 
E quem quiser saber o que é que a mulher quer deverá perguntar-lhe e não fazer juízos parvos.

...

E a propósito do que as mulheres querem, trago cá para cima o comentário que a Leitora Rosa Pinto escreveu:

E se eles conseguissem ler os nossos pensamentos?



Seria bom que os homens, na maior parte das vezes, conseguissem entrar na cabeça das mulheres, mesmo que fosse só muitoooo de vez em quando. Talvez assim conseguissem perceber aquilo que esperamos deles, ou aquilo que nos motiva, quando somos inundadas por pensamentos de todo o tipo e de toda a espécie, desde as coisas mais banais às mais importantes e que lhes dedicamos tempo, o nosso tempo, a pensar no assunto. Afinal, não é à toa que o pai da psicanálise se dedicou a este assunto durante grande parte da sua vida.

Que no que toca o amor, que queremos que nos digam se estamos bonitas, mesmo quando achamos que estamos ou quando nos sentimos inseguras, mas que prezamos a sua opinião e que, muitas vezes, é tudo quanto basta para nos pôr um sorriso de orelha a orelha no rosto. Que valorizamos um companheiro que se abra connosco e nos diga o que o preocupa, que partilhe o que lhe vai na alma - e que isso não significa que sejamos intrometidas - mas apenas que nos preocupamos. Que prezamos a honestidade e a comunicação numa relação e que não há nada pior do que sentirmo-nos enganadas ou omissas em relação a algo. Que gostamos de manifestações espontâneas, sem medos nem pudores de dizer-nos cara a cara que nos amam, mesmo que tenham de fazer figura de ridículos perante terceiros. Afinal, se há motivo pelo qual vale a pena fazer papel de ridículo à frente dos outros, é por amor. Que nos assumam, por inteiro, como sua, sem medos de nos dar um beijo na rua, de nos pegar na mão, ou perante os amigos.

Que nos façam sentir especiais e que valorizem esta capacidade extraordinária de carregarmos o mundo inteiro no colo, de tocar toda a orquestra (passando o eufemismo) e de isso ser motivo para se sentirem ainda mais atraídos por nós - e não somente na hora de ir para a cama - e que, no final do dia, como quem nos lê o pensamento, nos ajude a estender a roupa em casa, a lavar a loiça ou simplesmente nos diga: "deixa estar querida que eu faço".

"Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada!" Afinal Freud já sabia a resposta.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/o-que-querem-as-mulheres-afinal=f825684#ixzz3UsHOIbLS


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Nem mais!

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5 comentários:

Rosa Pinto disse...

E se eles conseguissem ler os nossos pensamentos?

Seria bom que os homens, na maior parte das vezes, conseguissem entrar na cabeça das mulheres, mesmo que fosse só muitoooo de vez em quando. Talvez assim conseguissem perceber aquilo que esperamos deles, ou aquilo que nos motiva, quando somos inundadas por pensamentos de todo o tipo e de toda a espécie, desde as coisas mais banais às mais importantes e que lhes dedicamos tempo, o nosso tempo, a pensar no assunto. Afinal, não é à toa que o pai da psicanálise se dedicou a este assunto durante grande parte da sua vida.

Que no que toca o amor, que queremos que nos digam se estamos bonitas, mesmo quando achamos que estamos ou quando nos sentimos inseguras, mas que prezamos a sua opinião e que, muitas vezes, é tudo quanto basta para nos pôr um sorriso de orelha a orelha no rosto. Que valorizamos um companheiro que se abra connosco e nos diga o que o preocupa, que partilhe o que lhe vai na alma - e que isso não significa que sejamos intrometidas - mas apenas que nos preocupamos. Que prezamos a honestidade e a comunicação numa relação e que não há nada pior do que sentirmo-nos enganadas ou omissas em relação a algo. Que gostamos de manifestações espontâneas, sem medos nem pudores de dizer-nos cara a cara que nos amam, mesmo que tenham de fazer figura de ridículos perante terceiros. Afinal, se há motivo pelo qual vale a pena fazer papel de ridículo à frente dos outros, é por amor. Que nos assumam, por inteiro, como sua, sem medos de nos dar um beijo na rua, de nos pegar na mão, ou perante os amigos.

Que nos façam sentir especiais e que valorizem esta capacidade extraordinária de carregarmos o mundo inteiro no colo, de tocar toda a orquestra (passando o eufemismo) e de isso ser motivo para se sentirem ainda mais atraídos por nós - e não somente na hora de ir para a cama - e que, no final do dia, como quem nos lê o pensamento, nos ajude a estender a roupa em casa, a lavar a loiça ou simplesmente nos diga: "deixa estar querida que eu faço".

"Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada!" Afinal Freud já sabia a resposta.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/o-que-querem-as-mulheres-afinal=f825684#ixzz3UsHOIbLS

Um Jeito Manso disse...

Olá Rosa, boa noite,

Acho o seu comentário tão a propósito e um contraponto tão perfeito que já peguei nele e já o colei ao que lá estava.

Obrigada!

Claudia Sousa Dias disse...

Votamos ao tempo da Polícia do bons costumes a tirar a medida às saias e aos decotes? Que nojo!

Anónimo disse...

O texto que aqui nos transcreve, de Rosa Pinto, é uma pequena maravilha!
Os homens que aprendam algo com isto.
Gostei, bastante, de ler isto.
Por mim, que sempre advoguei o romance, enquanto uma relação dura, e se dura é porque existe algo que assim o explica, este tipo de dizeres, "dicas", são de relevar e...ter em atenção.
Outro dia, quando fui passear os tais meus cães, passei num sítio onde se encontravam umas tantas flores selvagens, mas bonitas. Cortei uma, trouxe-a para casa e ofereci a minha mulher. Deu-me uma beijoca!
Such is life!
Pequeninas coisa que nos agradam. No dia 19, o dia do pai, também me fez um petisco gastronómico que sabia que ia gostar, com o flho por cá, o outro está fora. É assim a vida, de seir gozando momentos.
Se nós pudessemos entrar nas vossas (mulheres) cabeças, será que saberiamos entender-vos? Sei lá! Se calhar não! ou...quem sabe!
E se fosse ao contrário? Bom, era complicado: Sexo, sexo, sexo, trabalho, outras coisas, coisas outras, a viatura, os amigos, os amigalhaços, outra vez os amigos, ah...claro e a...mulher!
Bom, estou a brincar, mas quem sabe!
P.Rufino

Rosa Pinto disse...

Hum.hum.hum. pois! Digamos que tem a sua paixão de longos anos onde a partilha de pequenos gestos é deliciosa. Beijinhos ao casal e filhos. Afago nos cães.