quinta-feira, fevereiro 19, 2015

O Parque da Cidade e os Jardins da Avenida de Montevideu - e adeus Porto, até à próxima [Post 5 de 5]


Já se fazia tarde e a hora de regressar aproximava-se mas não podia vir-me embora sem voltar ao belo e enorme Parque da Cidade e sem ir ver o mar junto aos Jardins da Avenida de Montevideu.

Acho que já o disse muitas vezes e temo tornar-me maçadora mas é uma verdade: em qualquer cidade gosto sempre de visitar os jardins pois eles dizem muito do que é uma cidade e do gosto que os seus habitantes têm pelo contacto com a natureza. 

O Porto tem agora muitos jardins e o meu tempo é sempre pouco para poder desfrutar o muito que a cidade tem para oferecer a esse nível (a esse e a outros).

O Parque da Cidade é enorme (vejo na wikipedia que tem 83 ha) e vai da Boavista até ao mar. É um enorme pulmão verde, desenhado com inspiração vinda dos céus (ou não fosse obra do Príncipe da Arquitectura Paisagistíca, Sidónio Pardal).


Tirei poucas fotografias porque, enquanto por aqui andava, estava ao telefone com a minha mãe e ela estava tão desorientada (o meu pai não se está a adaptar nada bem à clínica de reabilitação) que estive a tentar acalmá-la e a atentar que não tomasse atitudes precipitadas. Por isso, enquanto andava e falava ao telefone, fui tentando fotografar mas poucas fotografias tirei e, sobretudo, poucas ficaram capazes. E é pena, porque o Parque é maravilhoso e a quem não o conheça não darei a ideia devida.






Depois fomos até lá abaixo, ao mar, onde os jardins descem até às rochas. O mar é bravo como deve ser, e há passeios sobre as rochas por onde se pode passear em segurança. Nesta fotografia não se vêem e, nas que se viam, as fotografias ficaram tortas (a pegar no telefone com uma das mãos, não consegui pegar bem na máquina que é pesada)




Logo ali à direita está o novo Terminal de Passageiros de Leixões, obra do Arquitecto Luís Pedro Silva, um edifício espectacular.




Quando estávamos no carro, já para vir embora, passaram dois guardas a cavalo. Dois elegantes cavalos brancos passeando na estrada. Achei uma graça. Há quantos séculos eu não via guardas a cavalo... e logo ali, em plena Montevideu.




Ainda tirei umas fotografias às belas moradias que ali estão bem de frente para o mar mas não quis captá-las bem demais, parece-me isso invasão de privacidade. Por isso, tirei assim meio de longe e de lado. Mas acho que dá para ver o que é uma boa localização e o que deve ser uma excelente qualidade de vida. 




E hora de abalar e de nos fazermos à estrada. Até um dia destes, Porto. Voltarei sempre como se fosse a primeira vez pois só assim se vivem os amores de verdade.

Agora já estou em casa, banho tomado, malas desfeitas, roupa arrumada ou posta para lavar. E já aqui tenho os livros que levei, dois dos quais não cheguei a abrir: Kandinsky, Do espiritual na arte e História e Utopia de Cioran. Li quase todas Entrevistas da Paris Review, 2 e apenas comecei Crónicas do Mal de Amor da inquietante Elena Ferrante.

E esta quinta-feira recomeça a vida de sempre.
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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa quinta-feira

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1 comentário:

Fernando Ribeiro disse...

Eu moro a 10 minutos a pé do Parque da Cidade. Andou por aqui perto...

Por outro lado, o atual presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, nasceu e cresceu numa das mansões da Av. Montevideu. O pai dele era dono da Molaflex. Tão pobrezinhos, coitadinhos!