sexta-feira, setembro 05, 2014

François Hollande e as suas belas três mulheres - daqui lanço outra vez o mesmo apelo: alguém me explica qual o segredo do homem? E não me refiro apenas agora à Valérie Rottweiler que, roída de ciúmes, não descansa enquanto não fizer sangue. Não, refiro-me mesmo a elas todas.








Ora bem. Queria falar ontem, não falei, falo hoje. Valérie, 49 anos, mais conhecida por a Rottweiler, fez aquilo que se temia: começou a vingar-se. 

Não sou muito de dar conselhos mas se há um que sempre dou é que há que ter cuidado de uma mulher que seja possessiva e ciumenta. Mulheres assim são um perigo.


Conheço de perto vários casos em que mulheres normais viraram temíveis feras quando se viram trocadas por outra. Temíveis!

Admito que um homem experiente ou com algum savoir faire saiba lidar com a tormenta que pode vir dos lados da mulher enganada mas, mesmo assim, acho melhor não arriscar. Uma mulher que seja focada, que seja de criar dependências emocionais em relação a um homem, torna-se destemidamente perigosa quando se vê abandonada e trocada por outra. Só não fará a vida do homem e da nova mulher num calvário se, pelo meio, se for abaixo.

Valerie Trierweiler é um desses casos. 

Vivia o maravilhoso e irresistível Hollande (agora com 60 anos), ainda com a mãe dos seus quatros filhos, Ségolène Royale (agora também com 60 anos), quando Valérie, jornalista, fazia um trabalho sobre Ségolène. No decurso do seu trabalho conheceu a fera e não resistiu: tamanho era o encanto que ele emanava que a bela Valérie lhe caiu nas malhas. 


França acordou incrédula quando soube que François, o totó Hollande, andava a enganar a bela Ségolène com uma flamboyante femme

Perante a espada ao peito de Valérie e perante a opinião pública, François não teve como não assumir o romance. Ségolène passou à historia (com grande dignidade, diga-se) e a nova Primeira Dama francesa, a que viria a ocupar o Eliseu, foi a sexy Valérie.

Controladora, possessiva, apaixonada pela beldade Hollande, Valérie parecia viver em permanente estado de alerta. As mulheres ciumentas são assim, nunca baixam a guarda e, portanto, nunca estão em paz. A opinião pública nunca foi muito à bola com ela. Mas progressivamente a opinião pública já estava era também enjoada de François Hollande. Um banana, um zé ninguém nas mãos de Merkel, uma desilusão para a esquerda, um pequeno e inútil badameco.

Eis então que a França volta a acordar estremunhada, quase em estado de estupor catatónico: Hollande andava de novo a aprontar. Desta vez com uma artista de cinema, Julie Gayet, agora com 42 anos, gira todos os dias, bem mais nova e, qual adolescente disparatado, aparecem fotografias com ele de capacete, a andar de lambreta, e que o segurança ia levar croissants quentinhos aos pombinhos que, pela manhã, ainda estavam no quentinho do seu ninho de amor.

Tal como toda a França, Valérie soube nesse dia, pelas notícias, que o seu Romeu andava a mijar fora do penico. Com os nervos, tenta enfrascar-se em drunfos, o namoradinho impede-a, ela cai de madura, um piripaque, é internada. E, quando sai do hospício, sai também do palácio presidencial. Disse depois que parecia que um comboio lhe tinha passado em cima. Hollande, a fera, tinha voltado a atacar.

Despeitada e amargurada, Valérie foi curar-se para outro lado.

Curar-se...?

Qual quê? Mulheres possuídas pelo ciúme e pela raiva não fazem por curar-se: tentam por todos os meios, isso sim, fazer a vida negra a quem as faz sofrer.

Trezentas e tal páginas de vingança aí estão, Merci por ce moment: que ele a assediava a torto e a direito, entre uma conversa com Obama e outra com Putin enviava-lhe sms de forma desvairada, queria tê-la de volta, só falava em reconquista, enviava-lhe flores. Chegaram a ser 29 sms por dia, um perfeito assédio. 


Andaria, então, com a sua nova namoradinha e a enviar sms apaixonados à ex. E, em suma, que é um parvo, que é uma criatura que não sabe o que quer. Duplamente parvo: não apenas a ser parvo como a ser parvo por escrito, deixando provas. E que, segundo ela conta, trata os pobres por desdentados. E que mais não sei o quê.

Esta quinta feira as imagens mostravam na cimeira um Hollande acabrunhado, enfiado, pequenino, ao telefone. Imagino, nem devia saber onde se meter. Se fosse outro, ainda alguém poderia achá-lo o galã da UE, agora, com ele, só o podemos achar o totó da UE.

De uma só cajadada, Valérie, a Rottweiler, deixa-o mal perante a Julie, que agora não mais poderá confiar no seu belo Apolo, perante os pares dele que, de cada vez que o virem ao telefone, vão pensar que não é nada a ver com assuntos de Estado, que deve ser assunto é de braguilha, e deixa-o mal perante todos os franceses que ficam a saber, preto no branco, que têm à frente do seu País uma anedota.

E tudo isto poderia ser romanesco, ter um toque de trovadoresco, haver nisto qualquer coisa de glamouroso. 

Mas eu olho para isto e só vejo uma série cómica. Um fenómeno, um coiseco perante quem mulheres fascinantes tombam apaixonadas.


E olho para três mulheres belas, de personalidades fortes, e interrogo-me: caraças, mas o que é que o Hollande tem?

É que o pior é que quem convive com ele diz que o tipo não tem préstimo, que não resolve nada, quer agradar mas que nem se percebe o que diz ou pensa porque se especializou em dizer coisas que não o comprometem.

O ministro da Economia que recentemente se demitiu e ia provocando uma crise, Arnaud Montebourg, disse dele as piores coisas. Nada que causasse espanto.

Ora, mesmo que, por absurdo, o segredo da coisa estivesse num inesperado tesouro guardado por trás da braguilha, mulheres inteligentes costumam apreciar homens inteligentes, com carisma, ideias fortes, capacidade de decisão, não apanhados em verde como o Hollande..

Não é estranho? Se fisicamente é o que se vê, se em termos de carácter é o palerma que toda a gente descreve, então, caraças, o que é que estas três mulheres vêem nele? 

A Ségolène continua a defendê-lo, a Valérie por aí anda possuída e a Julie parece que continua apaixonada e namoradinha.


Alguém me explica este fenómeno?


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Hollande, le ridicule



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A música lá em cima é J'ai deux amours numa interpretação de Madeleine Peyroux porque, enfim, assim como assim, admito que, apesar da robustez, Hollande não costume ter mais do que dois amores de cada vez. mas já não digo nada.


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Por vezes sou traída por mim própria: tinha fotografias de casais e de barcos e de uma marinheira de se lhe tirar o chapéu, já para não falar da vida de Sebastião Salgado que anda pendente há dias, mas chegámos tarde do centro, os restaurantes cheios, cheios, com fila para entrar, não dá para acreditar, e depois pus-me a ver a Quadratura do Círculo e atrasei-me, comecei isto muito tarde e, depois, escolher fotografias e vídeos e mais não sei quê para isto que acabaram de ver e agora dou por mim e já passa bem da uma e meia. Ora como a alvorada aqui no quarto é cedo e, logo depois do pequeno almoço, há caminhada a fazer (esta quinta-feira foram 6 km de manhã e depois mais 3 à tarde), não posso apresentar-me na formatura a dormir em pé. Por isso, com vossa licença, hoje fico-me por aqui mesmo.


Claro que fico com pena de também não comentar as boas notícias que nos chegam dos lado do Super-Mario Draghi. Parece ser o único homem que não tem medo de Merkel. No meio de uma Europa conduzida por um cherne sem neurónios nem coluna vertebral, no meio da maior burocratização, no meio de gente com interesses contrários e sem liderança, ele lá vai tentando fazer qualquer coisa. As medidas anunciadas são boas, visam o estímulo económico e tomara que os anormais todos que por aí andam a destruir a Europa e, em particular, alguns países, não venham arranjar maneira de tentar neutralizar o que ele está a tentar fazer. Mas, enfim, isso levar-me-ia para outras profundidades e eu, por estes dias, estou mais dada à superficialidade.

Helder Rosalino, o grande Banqueiro Central


(conforme notícia do Expresso)


Ah é verdade, e queria ainda dizer que agora é que vou, finalmente, ficar mais descansada em relação ao Banco de Portugal. Sabido que é que o Charles da Costa Butterfly não dá uma para a caixa, conforme o seu amigo Aníbal fez questão de reforçar publicamente, e sabido que o Pedro Passos Láparo anda a fazer de conta que a embrulhada da Nova Butterfly é coisa só do pai, o dito Charles, era notória a necessidade de reforçar competências, especialmente alguém muito experiente e com tarimba à altura de Teodora Cardoso que está de saída. Ora bem: problema resolvido. O meu grande amigo três cabelos, o Helder Rosalino, vai agora ser a Rosa Linda que lá faltava. Agora a Butterfly já tem onde pousar. Daqui, pois, me manifesto toda cheiinha de júbilo: viva o Rosalino, banqueiro central, viva!


Mas hoje já não dá. Logo organizo uma partyzinha à altura dele um dia destes.


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Desejo-vos, meus Caros Leitores uma bela sexta-feira. 
E, por favor, que ninguém me recorde que já é sexta-feira. Não quero...


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6 comentários:

FIRME disse...

Vou aqui postar,uma passível explicação :diz o ditado;HOMEM PEQUENINO ou é VELHACO ou dançarino...So pode ser dançarino...Assim sendo atrai estas senhoras,com a sua delicada figurinha!!! Homem de sorte...digo eu ,conhecedor de algumas agruras com ELAS !!! Não são ginjas...

Anónimo disse...

"Money Makes The World Go Round"
dinheiro e poder, os mais potentes afrodisiacos do mundo. O Sr. Holland é um "Bom partido" , o "Golpe do baú" pelas benesses que distribui, simples oportunismo...Fosse um pé rapado e nenhuma olharia para ele por mais belo e culto que fosse!!!
A profissão mais velha do mundo!

Anónimo disse...

O que eu me ri com o seu comentário sobre o Tó-Tó do Hollande! Na realidade, que diabo terá o indivíduo para cativar aquelas (e seguramente outras) mulheres inteligentes e bonitas? Será um incasável e vigoroso amante? O tipo é o que nós na escola do meu tempo chamávamos de "choné", mas, vejam lá, chegou a PR e a sedutor de Damas! Quanto ao Rosalino tenho a impressão que já só tem 2 cabelos.
P.Rufino

lino disse...

Cada vez mais feitos ao bife!
Beijinho

Cine Povero disse...

Li algures que o que fascina as mulheres não são propriamente os homens tout court (nada de más-interpretações!), mas o número de mulheres fascinantes que eles já seduziram. Se é mesmo assim, então o difícil para o Tótó foi arranjar a primeira.
Mudando de pau para cavaco (nada de más-interpretações mais uma vez, estou a citar um ditado brasileiro): quem achava que AJS seria a versão portuguesa do Hollande já deve ter percebido como se enganou. Ele é sim uma Valérie à la Portugaise (voir l'affaire Kósta)

Um Jeito Manso disse...

Obrigada a todos.

Um comentário apenas em relação às palavras do Cine Povero: já me fartei de rir com o que escreveu.

Isso de um homem muito pretendido ter mais procura é verdade. É o mesmo que numa loja: se a gente vê que o artigo tem saída e corre o risco de esgotar, é logo esse que a gente fica com vontade de levar.

Quanto ao Seguro ser a Valérie em versão tuga não sei não. Que ele não se ensaia nada para se portar como um Rottweiler já a gente viu. Mas ela tem uma bela perna e algum charme e isso nunca lhe vi a ele.