segunda-feira, setembro 15, 2014

Alexandra Lencastre dança na final do Dança com as Estrelas e, uma vez mais, pergunto: quem é que escolhe os vestidos que aquela gente veste? Um excesso (ou melhor: um disparate) mas, enfim, talvez esteja de acordo com a personalidade de quem os veste, sei lá. Ou de quem vê estes programas - mea culpa, mea culpa.


Depois de, no post abaixo, ter falado na magreza de Teresa Guilherme que talvez tenha justificado a escolha do mini-vestido que usou na actuação na final do Dança com as Estrelas, aqui agora falo de Alexandra Lencastre.



Alexandra Lencastre é naturalmente bonita, sensual e boa actriz. Contudo, não percebo porquê, tem optado por esconder tudo isso sob uma capa de artificialidade que a menoriza. 

Por exemplo, optou por modificar a fisionomia por forma a não evidenciar rugas nem descaimento mamário e tanto botox e silicone tem enxertado que, de bonita, passou a excessiva.

Mas não optou apenas por se quitar a nível físico. Parece que a nível de personalidade também optou por exponenciar a sensualidade, tornando-se brejeira, aparentemente oferecida.

Como se isso não chegasse, também tem tido algum desequilíbrio a nível de peso pois tanto nos aparece a transbordar dos vestidos como mais magra.

Provavelmente tudo isto é fruto de alguma instabilidade emocional já que a imprensa rosa vai noticiando romances, uns mais clandestinos que outros. Aqui há tempos davam-na como namorada de Fernando Alvim, coisa que eu acharia deliciosa. Mas, enfim, não temos nada a ver com isso.

Vestida como uma cheerleader,
Alexandra Lencastre na final do Dança com as Estrelas


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Este domingo, na final do Dança com as Estrelas, de mera jurada passou também a interveniente. Claro que a coreografia tinha que ter qualquer coisa de picante, mostrando-a entre quatro garbosos bailarinos. Tudo bem.

A questão é que, uma vez mais, a vestiram como se ela estivesse na fase magra, como se tivesse menos 20 anos, como se tivesse um palmo a mais. Assim, bem nutrida como está, também com uma cabeleira loura ondulante costas abaixo, baixinha e de bota alta, nem sei o que aquela Alexandra Lencastre me parecia dentro daquele modelito, toda franjas, mini-saia, laterais bem fornecidos à vista. Talvez uma cheerleader distraída da idade. Não poderia ter uma dança sensual, estar toda ela picante (para estar consentânea com a sua imagem de marca) e, no entanto, ser uma sedutora com algum nível, boa pinta, boa presença? Eu acho que sim.


Alexandra Lencastre
em mais um dos seus momentos 'atirou-se para o chão'


E depois não sei se é ela que influencia a escolha da roupa, se é também pela roupa que se torna ainda mais excessiva e descabida. 

No final, quando a outra exagerada da Cristina Ferreira fazia a festa naquela sua pose habitual de perna aberta, a Alexandra pareceu querer fazer uma vénia aos bailarinos mas, desconcentrada como sempre parece estar, deu ideia de que, às tantas, quis ir mais longe, pareceu querer pôr o joelho em terra, mas a coisa foi além e quase parecia ir atirar-se aos pés dos rapazes. Um desatino. Ver-se uma boa actriz, à beira dos cinquenta anos, e sempre nestes desmandos, a atirar-se aos bailarinos, a atirar-se para o chão, é coisa que não se percebe. É daqueles casos em que apetece repetir o Diácono Remédios: não habia nechechidade. 

Seria bom que alguém lhe desencantasse um papel diferente, marcante, alguma coisa que a afastasse da imagem de bomba sexy e que ela se sentisse estimada mesmo sendo baixa, tendo rugas, olhos castanhos, e que deixasse de sentir esta absurda necessidade de estar sempre a representar, a evidenciar os seios, a ser provocante, engraçada, aparatosa.

Mas, enfim, cada um é como é e se ela for feliz assim, também não sou eu que tenho alguma coisa a ver com isso.

Quanto aos excessos a todos os níveis do Dança com as Estrelas falo também no post abaixo. Aliás tenho ideia de que a TVI, quando a coisa toca a entretenimento, é toda nesta onda, uma popularice pegada.

Vê quem quer, é um facto. Mas a verdade é que, com bimbalhices a toda a hora, se vai moldando o gosto da maioria dos portugueses.

Uma palavra para o vencedor do programa, Lourenço Ortigão. Deve ser moçoilo conhecido pelos dotes corporais pelo que as coreografias puseram isso a descoberto. Pareceu-me que, mais do que dançar, fazia acrobacias e mostrava músculos. Aliás as próprias coreografias pareciam-me coisas um bocado criançolas, mais uma brincadeira que uma dança. Pareciam, de facto, encaixar-se no estilo infantilizado, brejeiro e apimbalhado do programa, em que a coreografia é um mero pretexto para evidenciar a característica dos intervenientes na dança. O rapaz é conhecido pelo seu cabedal? Então bora lá mostrar isso que as meninas desatam a votar desenfreadamente.


Os cínicos dirão: muita crítica, muito desdém, mas viu, não viu? 

Certo mas toda a gente precisa, volta e meia, de um brainwahing e ver um programa como este é uma das formas de o fazer.


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Bom. Já que estou numa de dança, mostro um tango dançado com uma entrega incrível no Dancing with the Stars 2014 pela dupla Meryl Davis e Maks. Dizem que é um tango argentino.







E, se falamos de tango argentino, não podia esquecer-me do Grupo Corpo. Eu, noutra encarnação, posso muito bem ter sido uma bailarina como estas. Sinto que fui. Esta forma de dançar e de sentir o tango corre-me nas veias.

Aqui é, como em várias outras vezes em que cá estiveram, uma coreografia de Rodrigo Pederneiras sobre uma música de Ernesto Lecuona.





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Isto hoje não deu para grande coisa, eu sei, mas, por um lado, o meu fim de semana foi tão preenchido e animado que não me sobrou cabeça para muito mais e, por outro, estou com o assunto Novo Banco na cabeça, coisa que me maça demais por evidenciar de forma exacerbada a irresponsabilidade e incompetência de quem nos desgoverna - e a verdade é que não estou com disponibilidade mental para me pôr de novo a falar nisso.

Por isso, hoje fico-me por aqui e deixo-vos na companhia da dança e da minha opinião sobre três mulheres que marcaram a final do Dança com as Estrelas deste domingo, mulheres cuja imagem se confunde com o entretenimento da TVI, três mulheres excessivas, desbragadas, que contribuem em muito para o lado popularucho da televisão portuguesa: Teresa Guilherme, Alexandra Lencastre e Cristina Ferreira.


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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa semana a começar já por esta segunda feira.


2 comentários:

FIRME disse...

Olá...Eu estou quase proibido,por mim próprio ver a TVI além de 2 minutos seguidos!Há uma expressão,prós meus lados do Douro Alto ...Meda,Pocinho,Barca de Alva: ZÁS ! Quando 1 coisa,nos aborrece;zás ! Pra extrair um dente,Zás!!! Isto parece tolice e se calhar é !Estou a ver qualquer programa que me aborrece...lá vai...zapping .TANTO LATIM PRA QUÊ??? Li os seus rigorosos comentários a tão ilustre plêiade de,artistas que se dão ao trabalho de desbaratar,numa hora,quase 1 vida de trabalho...!Só falo da Lencastre,que me enchia as medidas !Onde é que eu quero chegar? AS FIGURAS BIZARRAS QUE BEM POSTOU,NÃO TERÃO SIDO RETIRADAS DUMA QUALQUER NOITE EM VINHAIS,com uns copos do santificado álcool,do nosso padre FONTES??? Zás...Se não foi parece...Balha-me deus...!

Irene Alves disse...

Absolutamente de acordo consigo.
Aliás sigo atentamente tudo o que
escreve e adoro a qualidade dos
seus posts.
Lamento ver a A.L. naqueles papeis...
Não sei se a falta de trabalhos
de outros a tal a obriga, mas é
penoso.
Bj.
Irene Alvs