segunda-feira, junho 23, 2014

Mas que pouca vergonha é que o Totó-Zero inSeguro anda a fazer, que o António Costa já é insultado como se fosse um inimigo do PS?! O País foi tomado de assalto por gentinha medíocre, pastosa, que se agarra aos lugares como lapas incomestíveis. Tirem-me o Tozé da frente, se fazem favor!


No post abaixo, mostro um outro belíssimo vídeo da Serra da Arrábida (da Serra ao Mar) e um poema daquele que tanto a amou e que, infelizmente, partiu cedo demais (embora, certamente, com o peito cheio de adoração e de azul).

Mais abaixo ainda, exemplico os riscos de alguém se sujeitar a um detector de mentiras. Não são riscos pequenos, é o que daqui deixo o alerta.

Mas isso é a seguir. Aqui, agora, a conversa é outra.

Não vi as notícias pelo que o que sei é muito pela rama e apenas de uma visita rápida e transversal pelos jornais online.


António José Seguro e o seu ar de santinho de pau carunchoso
e
António Costa, que nunca pensou que o sacristão se tornasse mais perigoso que um cão raivoso


António José Seguro revelando a teimosia própria dos animais pouco inteligentes (e não me refiro aos burros, que esses dão 10 a 0 ao inSeguro), resolveu fazer finca pé e, achando-se ungido até à eternidade, tem vindo a ter atitudes próprias de um pequeno e pífio tiranete. Daqui não saio, daqui ninguém me tira. Segundo a sua análise primária e ridícula, o António Costa é que é o culpado de tudo, seja lá o que isso quiser dizer. O que li sobre o que se passou na Comissão Nacional é inadmissível.


As eleições europeias provaram à saciedade que o eleitorado não vê o Tó-Zero como a alternativa válida à pandilha que nos desgoverna, toda a gente que tradicionalmente vota socialista já disse e redisse que não se revê nele. Mas ele sonhou que ia ser primeiro-ministro e parece estar determinado a não levantar ferro enquanto isso não acontecer.

Ora como isso nunca vai acontecer, das duas uma: ou ele ainda percebe a tempo e sai pelo seu próprio pé, ou sai escorraçado como um animal sarnento.

Palavras duras as minhas? Confirmo.

Mas acho que ele precisa de ouvir umas quantas assim, à bruta, para ver se se enxerga.

Por estas e por outras é que eu não teria pachorra nenhuma para me enfiar num partido... Era o que me faltava ter que aturar animais armados em vedetas ou em santinhos do pau oco.

A leitura que o Seguro anda a fazer do que se está a passar, o mal que ele anda a causar ao Partido Socialista, o mal que ele faz à democracia, são imperdoáveis. Está a esfacelar o PS numa altura em que o PS deveria estar forte e determinado.

Sou bruta, certo. Mas não o suficiente pois, para ser suficiente, teria o Tozé que ler isto e, sentindo-se mal amado e, até, humilhado, deixar-se de mariquices e convocar um congresso extraordinário, sujeitando-se a uma votação.

Agora assim... 

Confesso: eu não teria a paciência que o António Costa anda a ter. Bocas foleiras a toda a hora...? Insultos..? Enxovalhos...? Empurrões...? Tenham dó.

Se fosse eu, acho que diria ao Tó-Zero, Ó pá, fica lá com o partido para ti. Não estou para isto. Vou formar um partido novo e, daqui por uns meses, vais ver os votos que vais ter nas eleições, ó totó.


Enfim. Que falta de pachorra para palermas.


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As duas últimas imagens provêm do fantástico blogue We Have Kaos in the Garden

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Nota: desçam por favor que encontrarão matérias diversa pelo que talvez encontrem alguma coisa ao vosso gosto, desde um destino turístico altamente recomendável até a um alerta para quem tenha segredos que mais vale permanecerem bem guardadinhos.

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4 comentários:

Vitor Gomes Freire disse...

Partilho, em absoluto, a sua enorme indignação, estimada UJM !
Para onde " vai" o PS ?. . .
Que enorme frustração !
Melhores Cumprimentos
Vitor

Anónimo disse...

Olá, UJM,

Na verdade, o Costa anda a dar demasiados tiros nos pés, anda a enfraquecer-se. O facto é que tentou que se realizasse já o congresso extraordinário e perdeu (por um voto na comissão nacional, mas perdeu, ao passo que o Seguro ganhou, pelo menos, tempo). Se o Costa já tinha pensado desde o ano passado que se a coisa fosse fraquota nas europeias, atacava, ou se tivesse outro pretexto qualquer, então devia ter planeado isto melhor. Esta falta de assertividade do Costa está a impacientar muita gente. Devia ter preparado melhor a conspiraçãozinha interna para quando quisesse atacar, ter quase tudo do seu lado. Tinha a obrigação de saber que o Seguro... é Inseguro, é Inseguro, mas não é flor que se cheire e quem perde é o PS que se vai fragilizando. Ninguém está a gostar deste espetáculo e quem perde é o Costa que deverá ganhar em Setembro. E perde por culpa própria: falta de estratégia e preparação. Vamos mal.

Faço, portanto, o meu apelo a que nos deixemos de Costas e resolvamos isto a pontapé. Qualquer dia, aparece aí um tipo qualquer, com 100 ou 150 soldados e toma conta disto. Sempre foi assim. O 25 de abril foi uma ridicularia com os tanques a cair de podre a vir durante horas a fio de Santarém a Lisboa. O 26 de maio foi chefiado por um idiota, o Gomes da Costa. A monarquia caiu aos pés de um bebêdo, Buíça. 1820 foi a mesma coisa: o Sinédrio pegou nuns quantos militares, foram à missa e tomaram conta da Câmara do Porto. A libertação de 1640 foi feita por um tipo contrariado (D. João IV), que estava muito bem como duque, mas que a mulher queria ser rainha e que lá viu que tinha alguma hipótese com o apoio dos ingleses e dos holandes (que, enquanto, nos ajudavam contra os espanhóis na Europa, lutavam contra nós no Brasil, esses mercenários sem princípios). E saltando vários séculos, este país foi criado porque havia um menino que não queria ser vassalo do primo, um porco que traiu o acordo feito pelo seu aio e possível pai em seu nome.
Um bando de miseráveis é o que somos. A ver quando é que se acaba de vez com isto, que não passamos de uma vergonha para a espécie humana. Que só nós é que toleramos que um Ministro diga e se desdiza no dia seguinte sem lhe pedir a cabeça. E um Relvas por ano e meio. E um Ronaldo que dizia que este "era o ano de Portugal", que estava a sentir "boas energias", e ontem disse que sempre soube que a seleção era média e não tinha qualidade. E que podia nem ter ido ao Brasil, ficava em casa que era campeão europeu, mas fez o favor de ir dar a cara por nós, miseráveis. "Obrigadinho, Sr. Ronaldo, por ter envergado tão miserável camisola, em vez de ter ido de férias. Muito honrados com essa caridade." Bando de miseráveis que não se dão ao respeito, é o que somos. Era pedir-lhes a cabeça, a ver se falavam assim.

JV

O Puma disse...

Ao quisto chegou

Anónimo disse...

Sem querer pretender ser advogado de defesa de António Costa (talvez por me situar à sua esquerda) julgo que Costa agiu quando tinha de agir. Aqui há tempos, fui crítico de AC por achar que tinha recuado, quando se esperava mais dele. Hoje, à distância, penso que, se calhar, fez o que na altura era mais sensato. Sucede, entretanto, que as coisas mudaram. O grande Seguro teve uma vitória pírrica, a coisa foi fracota, apesar de não a reconhecer como tal e com esse resultado sossegou as almas reaccionárias destas avantesmas de extrema-direita que nos desgovernam, Passos, Portas e Compª. E, nesse sentido, só restava a António Costa decidir-se, de vez. Foi o que fez. Não julgo que tenha dado tiros nos pés, nem sequer tiros de fulminantes. Quem os está a dar é o Inseguro. Quem não deve não teme, lá diz o povo e assim sendo, o Tó-Zé deveria apressar uma solução, para bem do PS e do País. Costa tem assertividade quanto basta e não me parece que exista da sua parte uma atitude conspirativa. As coisas muitas das vezes, decisões, tomadas de posição, etc, acontecem fruto de resultados, de situações, que nós, de fora, desconhecemos. Terá sido, talvez, o que se está a passar, com A.Costa a avançar depois da magra vitória de Seguro. O PS com Seguro na liderança será uma marionete nas mãos desta verrinosa Direita e Seguro não tem postura de Estadista. É uma fraquíssima figura. Tal como Passos, Portas (este vale uns patéticos 2,4% hoje) e quejandos.
JV vai recuando pela História fora, mas não sejamos tão péssimistas. A nossa História tem coisas boas e más, como todas as outras Nações. Se pegassemos pelo que JV aqui diz, estariamos ainda a escrever sobre os factos históricos e a sua interpretação. E isso levar-nos-ia sei lá onde! Quando se escreve sobre História deve procurar-se expurga-la de emoções, crenças e sobretudo eliminar os factos que ou não são relevantes, ou não têm fundamento, ou não riscam para a sua interpretação. A História, “não sendo uma Ciência como o Futebol, como afirmou o tolo do Jesus, em Luanda, no seu português da Luz”, refere factos, interpreta-os, sem emoção, mas objectivamente e transmite-nos esses mesmos acontecimentos à luz de critérios rigorosos depois de devidamente analisados, avaliados e estudados - com imparciabilidade. Não há muito, comprei na Fnac um livro intitulado “A Brief History of History”, de Colin Wells, que define e explica bem o papel do Historiador e da História.
Enfim, que a crise no PS não se arraste por muito mais, pois os danos políticos poderão ser irreversíveis – para o PS e o País. Gosto, sinceramente, da nossa JV. Tesa! Sem papas na língua!
P.Rufino