Lembro-me tão bem de meia blogosfera, alimentada por parte da outra metade (constituída pelos que forjavam perfis, enviavam tweets e comentários, inventavam aldrabices) andar assanhada contra o Sócrates, tudo fazendo para que o pretenso barítono de meia tigela o derrubasse e fosse para o Governo.
E, no entanto, era notório que Passos Coelho, Relvas e Portas, não sabiam o que andavam a dizer ou, então, estavam deliberadamente a enganar os portugueses.
Lembro-me de perguntar ao Luís M. Jorge, um dos mais criativos e exacerbado críticos de Sócrates, se não era melhor cuidar de que não fosse para lá um pior que o Sócrates - e ele me responder que pior que o Sócrates só a bubónica.
Claro está que, entretanto, face à comprovada indigência intelectual, moral e cívica de Passos Coelho e entourage, tudo gente feia, porca e má, Luís M. Jorge que preza o estético da questão, já se fez de esquecido e agora, no Declínio e Queda, faz de conta que não foi um dos que mais pregou a favor de Passos Coelho contra Sócrates.
Nada de novo. Como ele há muitos - gente que reage irracionalmente, por um mero impulso estético, pelo prazer argumentativo; mas, infelizmente, com notório défice de presciência e de consistência política.
Mas, enfim, não sou dona da verdade e, portanto, deixemo-los pousar. Antes tarde que nunca e se meia blogosfera já se baldeou para uma feroz oposição ao Láparo, melhor. Mas tenhamos atenção a estes arautos da verdade, da moral e dos costumes pois já se provou que se enganam muito.
Adiante que este post não é sobre o dito Luís M. Jorge porque, como atrás referi, como ele há muitos.
Hoje estou com uma dor de cabeça que não é usual em mim. Mais de hora e meia de trânsito parado ao fim do dia dá nisto. Ainda por cima fechada, que é coisa que me causa impaciência. Mais de hora e meia de vidro fechado para não entrar chuva. Uma seca das valentes no fim de um dia de trabalho cansativo.
Só agora acabei de jantar. Ainda nem vi os mails e hoje, uma vez mais, não vou responder a nada para ver se consigo deitar-me mais cedo. Espera-me outro dia complicado e tenho que estar em forma pois adivinho alguns combates em que não posso dar mole.
E, portanto, para que percebamos como parece que há um vendaval global que assola o planeta, um vendaval de maldade, de retrocesso, de conversa fiada para enganar a população para que, depois, as hienas facilmente lhes saltem em cima sugando o sangue e o tutano, aqui vos deixo com um político de pacotilha.
É na Porta dos Fundos.
No Brasil será em menor escala mas o tom é o mesmo que cá, que em Espanha, que na Grécia, que em França, que um pouco por todo o lado.
O mundo entregue à bicharada.
Não passamos de inocentes e desarmados Marius que uns quaisquer facínoras mandam retalhar e dar de comer a outros.
E tudo se passa à vista de toda a gente. Todos impotentes.
Um mundo virado do avesso.
Um lugar perigoso.
O nosso político de pacotilha não se desata a rir quando fala dos idosos mas, se for preciso, depois de anunciar que vai cortar nos rendimentos dos trabalhadores, o desavergonhado vai cantar a Nini, feliz e contente.
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Os dois cartoons devidamente identificados provêm do blogue We Have Kaos in the Garden.
Dos outros não sei a proveniência original.
Dos outros não sei a proveniência original.
2 comentários:
Tudo isto é surreal, mas o episódio patético do Marius é muito pior, é kafkiano.
Ainda estou em estado de choque.
OHHH UJM, porta dos fundos para quê?, use o que é nosso -)))) - https://www.youtube.com/watch?v=93LhNOEncxE
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