quinta-feira, dezembro 12, 2013

Passos Coelho em entrevista à Judite de Sousa e Paulo Baldaia para a TVI e TSF = zero = bola = vazio = 'estranho'. A criatura ainda não percebeu nada: nem as razões da crise que assolou Portugal e vários outros países há anos atrás, nem qual deveria ser o papel de um governo (patriota) na gestão de uma situação assim, nem o que se esperaria dele enquanto primeiro-ministro, nem as consequências dos disparates que tem andado a fazer. É capaz de ser uma pessoa mal intencionada e impreparada e inculta e etc mas cá para mim a chave do enigma é mesmo esta: a criatura não percebe nada de nada. Ficará para a história como um dos mais inaptos e ineptos sujeitos que passou pela governação de Portugal. Igual ou pior que ele só mesmo o José Gomes Ferreira da SIC.


Tenho estado também a ouvir os comentadores nas televisões sobre a entrevista: coincidem (excepto um). Podem alguns não ser explícitos mas por todos (excepto por um) perpassa esta ideia: Passos Coelho é inapto, inepto (e, na volta, teremos que inventar palavras para o classificar em toda a linha: inipto, inopto e inupto). 


Passos Coelho e Paulo Portas a cavalo no burro
mas há quem diga:

A, E, I, O, U, cabeça de burro és tu.



Nem consigo dizer muito mais porque tudo o que Passos Coelho diz mostra que os espertos que o instruíram (o Bruno Maçães, o falecido António Borges e outros que tais) lhe enfiaram meia dúzia de ideias erradas e desenquadradas e isso foi a única coisa que ele, coitado, conseguiu aprender. 

Pode o mundo mostrar-lhe todos os dias que tudo aquilo está errado que a criatura não aprende. Na melhor das hipóteses acha 'estranho', tal como acha estranho andar a aplicar uma receita errada (uma receita errada, tal como Christine Lagarde não se tem cansar de dizer).


Criaturas assim são perigosas. Falam com convicção, como se soubessem do que estão a falar, e tomam com igual convicção e teimosia medidas - medidas todas erradas, claro. Criaturas assim são os joguetes ideais junto de quem tem gosta de mandar (investidores, banqueiros, especuladores, etc). 

Na sua fraca cabeça não têm capacidade de perceber o que estão a fazer, nem as consequências. Mais grave que isso: na sua cabecinha vazia também não há lugar para pruridos, dramas éticos, dúvidas de qualquer espécie, compaixão, compreensão, empatia. Não há apenas ali um défice cognitivo (baixo QI), há também um défice emocional (baixo QE)

Uma palavra para os fazedores de opinião que enchem as televisões. Dos comentadores que ouvi, confirmo que José António Teixeira é equilibrado, perspicaz, sério, inteligente, um gosto de ouvir, Pedro Adão e Silva é ágil e inteligente, Henrique Monteiro é influenciável, maria vai com as outras, não percebe nada de números pelo que é induzido em erros graves, e José Gomes Ferreira, meus Caros, é o Passos Coelho do jornalismo. 


Gomes Ferreira faz de conta que é economista mas, ó senhores..., diz barbaridades que revelam que aritmética ou lógica matemática não são coisas que lhe assistam. Até dói. Papagueia o que calha, vira casacas com uma facilidade estonteante, e tudo, claro, com ar entendido e sorrisinho convencido. Sempre que fala, aqui em casa é uma luta para o tirar do ar. É certo que me revolve o estômago mas, se não o ouço, como posso saber que o sujeito é um logro? 


[Este José Gomes Ferreira ainda me dá cabo do casamento. Quer eu quer o meu marido nos sentimos enjoados, agoniados mesmo, com os disparates, com a leviandade das afirmações, com a forma como diz e desdiz coisas como se nem desse pelas insanáveis contradições - mas eu, apesar disso, quero ouvi-lo... e o meu marido não consegue suportar tamanha auto-punição.]

Maria João Avillez também não acrescenta nada, Teresa de Sousa é esperta mas um pouco cinzenta e o Rui Dinis é honesto e eloquente. 

Neste momento ouço a Quadratura do Círculo onde António Costa diz que Passos Coelho não é rigoroso e Pacheco Pereira o corrige, dizendo com todas as letras que Passos Coelho é pouco verdadeiro, é mentiroso. E António Costa continua a mostrar a bandalheira que é, neste momento, a (des)governação portuguesa.


Já antes, na TVI 24 com Paulo Magalhães, Manuela Ferreira Leite desancou forte e feio em Passos Coelho, dizendo pela enésima vez que o que Passos Coelho está a fazer está errado de uma ponta a outra, que não há razão nenhuma para falar em sucesso porque não há sucesso nenhum.

Face a tudo isto que mais posso eu dizer...?

Sobre a entrevista nada. Passos Coelho falou para os mercados, não para os portugueses. Pois que os mercados fiquem com ele que eu só não me descarto porque não sei como.


Tirando isso, só se for para dizer que lamento que uma pessoa como Passos Coelho tenha sido eleito e que lamento também que não haja uma oposição capaz de o tirar de lá. E que esta pouca sorte do caraças tenha coincidido com o Cavaco como Presidente da República.

Um azar nunca vem sozinho, não há duas sem três, etc e tal. Gaita para isto!


**

As imagens foram obtidas na internet e das duas últimas não consegui apurar a sua proveniência original excepto. As duas primeiras provêm do manancial inesgotável que é o blogue We Have Kaos in the Garden.

2 comentários:

Anónimo disse...

A entrevista só veio demonstrar o que já se conhecia de Passos. Quanto aos entrevistadores, “estiveram à altura”. São ambos próximos do PSD. Houve ali um fingimento de agressividade para ouvinte ver, nada mais. Quanto aos comentadores, estou inteiramente consigo. E, de facto, não há pachorra para o cretino do J.Gomes Ferreira. O tipo, que agora até tem uma espécie de “programa de governo”, num livrito que publicou e que me dei ao trabalho de folhear, ao passar no Continente – que, obviamente, não me convenceu – é execrável! Aquilo é o vendedor do Passos/Portas em versão “soft”, mas, cuidado, apenas para os desatentos. De resto, uma vez no Poder, a receita era a mesma, mais ou menos “nuances”. Só deitado ao Tejo, com uma pedra ao pescoço! Quanto à quadratura do circulo, o Frasquilho enojou-me! O Pacheco Pereira parecia alguém de outro partido, que não daquele do Frasquilho. Até na barba! Um figurão, o Frasquilho, que o Prof. Paulo Morais denunciou naquela sua intervenção na A.R que aqui a UJM nos mostrou. Lá está mencionado o nome dele. Mais um traficante de influências, ali a perorar. Quanto á M.J. Avilez já deva era estar em casa! Não há paciência para aquela criatura! Miserável! Mas menos perigosa que o Ferreira. Ela fala e logo percebemos o que está a vender. Agora o Zé Gomes é diferente. Compõe uma postura de sério e imparcial e, devargarzinho, vem defender – exactamente – o mesmo que o biltre do Passos, só que com floreados. Um comentador de vão de escada. Voltando ao Passos, a criatura foi, esteve, execrável, como era de prever. Ignorante, fazendo de nós parvos, manipulador, retorcido, um malandro que só visto! E estamos entregues a esta gente. Ao menos a Ferreira Leite vai-lhe arreando nos costados! Oh UJM, quando à comparação dos dois, Passos e Burro, convenhamos que, em favor do asno, a diferença é bem maior. Se fossem só os óculos!
E o Cavaco no meio disto...sai uma vez mais a perder.
P.Rufino

jrd disse...

Eu sei que não devia dizer que não tenho pachorra para dar atenção aos "bucinadores" do Coelho, mas digo!...