No outro dia, uns quantos jovens, vendo que havia luz às tantas da noite no gabinete da vice-presidente do município de Hoeilaart, a senhora c, resolveram ir espreitar para perceber o que se passava lá dentro. Bingo! Uma cena de afecto explícito.
E como vivemos na época da mediatização, da suprema exposição, os jovens não foram de modas: tudo filmadinho e tudo posto a circular na internet. O YouTube a bombar, as redes sociais, os jornais, tudo - nada a fazer, a notícia espalhou-se imparavelmente.
Pior ainda um pouco: não tinha sido o marido que, a meio da noite, em calçõezinhos, tinha resolvido ir fazer-lhe uma visitinha surpresa mas sim o presidente de uma associação local.
Ainda por cima, os jovens, malandros, resolveram fazer-lhes uma espera e filmá-los de frente, na rua, quando se despediam e ouvimo-los a falar, vemos-lhes os rostos. Ou seja, não há como negar, ah não era eu, ah não é o que vocês pensam, essas vossas suspeitas só revelam a podridão da política.
Pouca sorte a dela que a situação é chata até mais não poder (e, se calhar, também pouca sorte a dele, sei lá).
Ora isto já seria um pouco fantástico se não tivesse acontecido uma cena identicamente picante há uns dois anos, justamente com uma outra autarca belga.
Nessa vez foram uns veraneantes que, estando a filmar as muralhas de um monumento em Espanha, em Navarra mais concretamente, nem queriam acreditar no que a câmara estava a captar: um casal no truca-truca, lá bem em cima, nas ameias, onde a brisa sopra mais fresca e de onde se alcançam as melhores vistas.
Não seria nada por aí além até porque é sabido que os exteriores dos monumentos são altamente afrodisíacos, não fora a senhora a presidente do município de Aals, Ilse Uyttersprot, também na Bélgica.
Vá lá, menos mal, desta vez era com o legítimo. O que é extraordinário neste segundo caso é a pinta do marido no segundo a seguir, como se não fosse nada com ele, dir-se-ia que quase pronto para outra.
Dado que o Um Jeito Manso é um blogue de família eu não deveria colocar aqui os ditos vídeos mas, imbuída do verdadeiro espírito das Mães de Bragança, aqui os deixo como medida cautelar. Cautela, pois, mulheres casadas portuguesas cujo município esteja a cargo de uma presidente ou vice-presidente: quando virem os vossos maridos sair de casa às 2 da noite, em calções, desconfiem.
E, caso alguma candidata a município me esteja a ler, só posso recomendar que, nos monumentos, nunca de pé porque podem ser vistos e, no gabinete, só de porta fechada e luz apagada. Claro que, no primeiro caso, há o risco de formigas ou outra bicheza e, no segundo, há o risco de, às escuras, a coisa poder não correr bem mas, enfim, não se pode ter tudo, não é?
Claro que há outras alternativas mas têm menos graça. Alguém mais ajuizado que eu que as recomende.
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Ilse Uyttersprot no seu gabinete
Ilse Uyttersprot em Espanha
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Ainda cá volto e vou tentar vir irrevogavelmente muito bem comportada.
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(O que escrevi ontem, tão triste, deixou-me um bocado virada do avesso, só me apetece espantar mágoas)
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(O que escrevi ontem, tão triste, deixou-me um bocado virada do avesso, só me apetece espantar mágoas)
2 comentários:
Estas cenas sempre são mais divertidas do que casos de corrupção nas autarquias, que infelizmente são o pão nosso de cada dia por cá. Antes sexo, então!
P.Rufino
Uma boa sugestão para a pró cima campanha eleitoral...
:-)
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