sexta-feira, abril 19, 2013

Passos Coelho no Debate Quinzenal na Assembleia da República - um verdadeiro Case Study: como detectar a mentira, a atrapalhação, a dissimulação através da linguagem corporal e das expressões faciais.


Tenho um livro de que agora não me lembro o nome nem encontro (tanto reorganizo a minha biblioteca que, coisas deste género, acabo por não saber bem onde procurar; também, tenho que confessar, não estou com paciência para andar aqui às voltas à procura) mas que foi escrito por um ex-agente do FBI especializado na interpretação dos gestos, da postura, das expressões.

Li-o com atenção e, a partir daí, passei a estar com atenção.





Pois o que vos tenho a dizer depois de ver as imagens de Passos Coelho na AR é que vou ali e já venho. Não soubesse já do que a casa gasta e ficaria, só por vê-lo, completamente esclarecida. 

A voz é clara e bem colocada mas o teor do que diz e a forma como o diz são o pior possível. Diz o que calha, não sabe o que diz, escamoteia, baralha e volta a dar. 

Mas tamanha é a falta de robustez do que diz, tudo tão colado com cuspo, tudo tão improvisado e feito por impulso, tudo tão cheio de contradições quase infantis, que tudo se resume a uma coisa: não pode ser levado a sério. Ponto.

Não tem um plano, não tem uma ideia, nada - as palavras que lhe saem da boca tanto podem dizer o que nos parece como o contrário. 




Anda a navegar à vista, cometendo erros uns atrás de outros, sem perceber o que acontece, incapaz de os corrigir porque, pura e simplesmente, não percebe nada. Não tem conhecimentos, nem uma linha de pensamento ou de rumo. 

Na mesma frase é capaz de dizer uma coisa e o contrário; por exemplo, que não vai aumentar impostos e que vai criar uma taxa extraordinária e tudo com aquela voz de baritono LaFeriano, como se estivesse a falar com grande convicção.




O que o salva, ou seja, o que lhe dá bagagem para se manter à tona de água, é a experiência da JSD, ele é e sempre será um Jota, uma criação da escola dos Jotas, uma escola de conversa fiada, balelas e tretas. Fala mas não diz nada. Deprimente para uma nação, ter à sua frente um zero à esquerda como este.

E, depois, é tão primário, tão, tão primário. Agora enfiaram-lhe (não sei onde nem como) uma dose valente de consenso. Como se o consenso não fosse aquilo que todos sabemos que é mas bolotas, daquelas que os traficantes de droga enfiam para, no momento certo, as expelirem. Assim é este. Está cheio de bolotas de consenso e então, a torto e a direito, vai expelindo bla-bla-bla-consenso, bla-bla-bla-consenso, bla-bla-bla-consenso.

Por muito que eu queira alinhar-me com os apertadinhos do regime e achar que o que é bom é a estabilidade custe o custar, não vejo como é possível deixarmos estar este fulano à frente do Governo sem, dessa forma, estarmos a pactuar com a destruição brutal a que Portugal está a ser sujeito.

*




As imagens foram obtidas na net e não descobri qual a sua proveniência original. Há montes, montes de imagens em que Passos Coelho aparece como um mentiroso ou um ladrão. Uma vergonha para ele.


3 comentários:

Maria Eduardo disse...

Olá UJM,

Aqui não é necessário utilizar qualquer detector de mentiras, pois elas são evidentes em cada palavra, cada gesto...
Um beijinho e bom fim de semana.

Pôr do Sol disse...

Não sei se PC ainda tem mae, se tiver, lamento que assista a esta falta de caracter, dignidade, vergonha.

Lamentamos todos, mas só uns sentem na pele.

Tenhamos esperança em dias e gente melhor e que o Sol ilumine aquela cabeça baralhada.

fallorca disse...

Uma vergonha para ele? Mas ainda acredita no Pai Natal?