segunda-feira, março 11, 2013

Uma contracção de 3.2% da economia portuguesa em 2012, a preocupação com a destruição do futuro da geração mais nova por parte de Martin Schulz, a irrelevância da discussão à volta do salário mínimo e o nulo efeito que o seu abaixamento teria no emprego segundo Henrique Granadeiro... e até Durão Barroso já está preocupado com os custos sociais da crise. E talvez a despropósito dos demónios da guerra que por aí andam a espreitar (Jean-Claude Junkers disse que andam adormecidos), Hanna Schygulla canta Lili Marleen




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A palavra aos jornalistas de alguns dos jornais online. Passo a transcrever:


A economia portuguesa sofreu uma contracção de 3,2% no ano passado, o que corresponde à maior queda no Produto Interno Bruto (PIB) desde 1975, ano em que a economia recuou 5,1%, indicou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).





Martin Schulz, o presidente do Parlamento Europeu, está preocupado com o esquecimento a que está a ser deixada a mais jovem geração da União Europeia:

“Salvámos os bancos mas estamos a correr o risco de perder uma geração”, disse. Uma das acusações feitas pelos críticos da austeridade é, precisamente, a injecção de dinheiro para a banca, sem que haja uma atenção ao impacto social das medidas de austeridade impostas na economia. A taxa de desemprego em países periféricos, tal como em Portugal, tem registado máximos históricos, sendo que a porção mais jovem da população tem sido a mais afectada. Ao mesmo tempo, as economias têm contraído.

“Somos campeões nos cortes mas temos uma ideia menos feita do que fazer para estimular o crescimento”, disse Martin Schulz. Em Janeiro, o comissário europeu para o Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão, Laszlo Andor, tinha já alertado para a possibilidade de a Europa perder uma geração se não adoptar medidas para a criação de emprego".




“Chairman” da Portugal Telecom critica Seguro e Passos sobre a posição dos dois responsáveis sobre o salário mínimo, classificando de irrealista a afirmação do primeiro-ministro sobre esta matéria. Quanto à crise em Portugal, diz que também foi causada “por más opções da União europeia”


[Comentário meu: Andar-se às voltas disto neste momento é estar-se distraído. Não é assunto para agora. Decretar a subida agora pode ser perigosa para os muitos pequenos empresários, nomeadamente comerciantes, que estão com a corda na garganta. Mas, em contrapartida, baixá-lo  para estimular o emprego é mais uma parva boutade de Passos Coelho (e a redundância é deliberada) pois ninguém vai admitir nem mais um empregado pelo facto de lhe pagar menos 10 ou 15 euros. E os empresários que podem aumentam os ordenados, pois se há coisa de que precisam como de pão para a boca é de maior consumo interno pelo que o que puderem fazer para o estimular, fazem. Ou seja, há mil outras prioridades neste momento, não nos deixemos enredar em discussões nulas.]





O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, indicou hoje, numa carta enviada aos líderes europeus em vésperas de mais um Conselho Europeu, que o seu executivo está particularmente preocupado com os custos sociais da crise, que importa agora combater.



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Em princípio ainda cá volto. Agora vou até ao Ginjal. A ver se tenho tempo de responder aos comentários mas estou receosa, temo não o conseguir (já os li, claro, mas o difícil é ter tempo para responder porque são vários). Só me consegui sentar aqui hoje já depois das 22:30 e tive mails para responder, um dos quais com um inesperado convite,  pelo que isto hoje não está nada fácil.


2 comentários:

JOAQUIM CASTILHO disse...

Olá UJM!

Já não tenho pachorra para afirmações como as do Durão Barroso:
"o meu executivo está particularmente preocupado com os custos sociais da crise, que importa agora combater." Então porque não combate e sob a batuta da Senhora Merkel força a aplicação na Europa de políticas restritivas que trazem recessão , desemprego e pobreza!
o Barroso faz lembrar o trio maravilha Coelho , Gaspar e Relvas que estão muito preocupados com o desemprego em Portugal mas que continuam a aplicar políticas que aumentam o desemprego!
Curiosas as declarações de Jean-Claude Junker que, liberto do cargo europeu, podendo agora falar livremente sem constrangimentos políticos, chamou a atenção para o perigo de uma Guerra na Europa . Posição catastrofista que se assemelha à afirmação do Mário Soares em artigo no DN sobre a possibilidade de uma "indignação violenta" em Portugal.

Entretanto o pastel em Belém escreve prefácios de auto-justificação patética!!!

Estamos fritos!!!!


Um abraço

Um Jeito Manso disse...

Olá Joaquim,

Fritos, fritos. Mas o Mário Soares tem esperança que o governo caia e eu também tenho. Custa-me a perceber a racionalidade de mantermos uns ignorantes daqueles em funções. destroem valor, destroem tudo em que tocam.

Quanto ao pastel nem sei que diga. O homem não anda bem, é o que é. Será de se alimentar a erva?

Um abraço!