segunda-feira, janeiro 02, 2012

Que 2012 seja o ano das pessoas (não apenas o do combate ao défice, o da austeridade, o da recessão): o ano das pessoas!


Não gosto de olhar para o passado. Claro que guardo com carinho as boas recordações mas, de forma geral, não tenho apetência pela nostalgia. Pelo contrário, estou sempre disponível para o que é novo. Por isso nunca me interessam as retrospectivas, os balanços do ano que passou, as figuras do ano ou coisas do género. Para a frente é que é caminho.

Por isso, ao começar 2012, o que me apetece é pensar no que vai ser. Quero sempre fazer coisas novas, aprender novas matérias, descobrir novos interesses, novas pessoas. Depois, tenho esta mania de acreditar que se consegue o que se quer desde que se queira mesmo, sem hesitações, sem ambiguidades. E, assim, não sou dada a pessimismos. Há nuvens negras, assustadoras, pairando sobre nós, claro que há. E há abutres e outros necrófagos pairando, querendo comer o que restar da carniça, claro que há. Há também muita apatia, muita desistência por parte de quem teria toda a razão para bater o pé a este cerco. E há esta coisa muito judaico-cristã de aceitarmos que, à partida, somos culpados e que temos que expiar todas as culpas. Temos apenas uma vida, uma vida tão breve, e mesmo assim desperdiçamo-la a expiar culpas que não são nossas.

Mas há também uma consciência que se começa a formar e há pessoas lúcidas e informadas que começam a erguer a sua destemida voz para dizer que empobrecer, regredir, perder direitos, caminhar para a insolvência não são bons propósitos - nem bons nem úteis (porque em todo o lado em que são experimentados, resultam mal).

E, por isso e porque acredito nas pessoas, não consigo estar atormentadamente pessimista. Não estou.

Eu gosto das pessoas. Gosto, acima de tudo, de pessoas. Enternecem-me as pessoas, as pessoas simples, as pessoas boas que vivem uma vida inocente.

Arreliam-me  pessoas que se movem por esquemas, pessoas estúpidas, incultas, ignorantes, impreparadas, desumanas, gananciosas - mas, apesar de ocuparem, cada vez mais, lugares de poder, acho que o seu tempo está a extinguir-se.

Mas as pessoas com quem me cruzo na rua e que busco e que fotografo são pessoas que não fazem mal a ninguém, que vivem a sua vida conforme podem - e que devem ser respeitadas, estimadas, acarinhadas.

Na véspera de ano novo dei a minha caminhada do costume e, uma vez mais, foi com todo o carinho que andei a fotografar pessoas. Perto da meia-noite saí de onde estava e fui de novo para a rua fotografar as pessoas que colectivamente esperavam na rua a passagem do ano. É com algumas dessas fotografias que abro 2012 querendo, com isto, manifestar o meu desejo de que quem governa (o País, a Europa, os sacorossantos mercados, ou o que quer que seja que tenha impacto no destino colectivo) o faça para melhorar as condições de vida das pessoas. As pesssoas deveriam ser o primeiro e o último desígnio de quem governa (é um lugar comum, eu sei, mas de tão banalizado, acabou esquecido ou transformado num vulgar e artificial exercício de retórica).


Pessoas

As pessoas de idade que deveriam ter uma vida tranquila depois duma vida de trabalho,
as pessoas que precisam de transportes públicos e que deveriam poder usá-los com dignidade
(e que vão ter dificuldades acrescidas com o ainda maior acréscimo
de custos de transportes públicos, de bens alimentares, de tantas coisas básicas
num ano em que o valor real das pensões vai baixar substancialmente


Os jovens pais que se vêem confrontados com a possibilidade de terem que emigrar
para poderem criar os seus filhos
As crianças que deveriam ter um futuro prometedor pela frente e não sérias indefinições


Os imigrantes que procuraram Portugal (e agora começam a debandar)
e cujos hábitos enriquecem a nossa vivência (e cujos impostos nos ajudam)
Neste caso, a comunidade brasileira que tanta alegria empresta a quem com ela convive


As pessoas que trabalham por conta própria, em condições tão difíceis e precárias,
percorrendo festas, festejos, de dia, de noite, em feriados, sempre, a qualquer hora


As mães que, com tão poucos recursos, tentam dar o melhor e ainda alegria e divertimento
aos seus filhos - quando todas as coisas para criança são tão caras, tão caras...!
Leites, farinhas, fraldas, roupas, sapatos, creches - tudo tão caro, meu Deus!
Como conseguem as mães pobres criar os seus filhos?


As pessoas que, com tão pouco, com vidas tão difíceis,
arranjam maneira de se divertir, de ter alegria no seu dia a dia


As pessoas que, apesar das nuvens negras que pairam sobre o seu futuro,
conservam a capacidade de olhar com ternura, que insistem em manter viva a chama do amor,
 que persistem em inventar uma vida a dois.


Que 2012 seja, pois, um ano virado não exclusivamente para números, para rácios, para ratings mas sobretudo virado para as pessoas, para o bem das pessoas, para  a felicidade das pessoas.


E vocês, meus queridos leitores, sejam lutadores, exigentes e felizes. E tenham um bom dia!

 

13 comentários:

A Matéria dos Livros disse...

Cara Leitora luminosa,em fundo azul,

Os seus votos para 2012 são mesmo inspiradores! Esperemos que este desânimo colectivo se dissipe e que prossigamos a nossa vida, a caminho de melhores dias.

Pela minha parte, vou entrar num dos anos mais trabalhosos e desafiadores dos últimos tempos. Com receio, mas com esperança. As suas palavras, hoje, vieram reforçar umas resoluções tomadas na noite da passagem.

Também concordo consigo nesse ponto: o melhor são as pessoas. Às vezes esquece-se; é sempre bom que alguém recorde. O convívio com esta diversidade humana é o melhor da minha profissão, apesar de tudo.

Gostei de a conhecer no ano transacto, gostei hoje do novo visual do seu blogue ("boa onda"). Tenha um óptimo ano!

patricio branco disse...

muito bonita, mais suave, a imagem que ilustra a portada do blogue.
ano novo, imagem nova. gosto

patricio branco disse...

o ano vai ser muito dificil, as medidas são muito injustas, quase cobardes, pois afectam, atacam os mais fracos, e creio que o ressentimento do cidadão sobe cada dia.
Claro que temos de nos proteger, "dar a caminhada do costume" e tomar as medidas pessoais de defesa. A defesa está pois tambem em nós e a mensagem da entrada é correctissima.
bom 2012.

ERA UMA VEZ disse...

Olá Jeitinho
Cada vez mais bela esta página...

Mais uma vez de acordo com quase tudo o que nos traz.

Ontem, dia Mundial da Paz, olhei a imagem do JC (Jesus Cristo) e lembrei-me da sua generosidade para com os mais simples, mais pobres, para as mulheres que caíram em tentação, para as Marias Madalenas do seu tempo...
A revolução do amor.

Linguagem de amor e simplicidade que muitas vezes falta na própria Igreja que fundou.

E então lembrei-me que, segundo as escrituras, ele só "se passou" com os vendilhões do templo.E foi duro, insultou-os e correu com eles
à paulada.

Sacrossantos mercados???
Ah ah...ELES QUE SE CUIDEM!!!

Anónimo disse...

Quero desejar-lhe um Bom Ano, apesar da minha inquietação e preocupação de que nada terá de bom. O texto e as fotografias, comoveram-me. A minha passagem de ano, foi passada com a minha irmã preferida e amigos, num sítio de Lisboa,bem considerado, e notei uma enorme apreensão e tristeza na alegria dos presentes. E ainda quem pode pagar um bom jantar, numa data destas, (eu não paguei, fui convidada pela minha irmã, que está numa fase má da vida, a fazer quimio, mas insistiu em viver este fim de ano comigo, eu ainda mais triste que ela, por ela, por mim, pelo país, por toda gente, que não tem culpa da voracidade com que uns tantos, deram cabo de todo um país e da história dum nobre povo), esta gente que ainda celebrou a passagem de ano, fê-lo, numa atitude, de enterrar o ano que passou. Sem alegria, com medo do futuro. Vi isso em cada rosto. E nem é preciso falar, apenas constatamos, sentimos, pressentimos, e é horrível. E possivelmente, esses rostos que vi, ainda eram os que têm alguma capacidade económica, mas estão cheios de medo e muito tristes. A passagem de ano, acabou cedo e sem alegria. Que, quem implementa estas medidas tão gravosas se coloque e se guarde em lugar seguro, pois não lhes vaticino nada de bom. O povo, as populações são imprevisíveis,quando colocadas debaixo de jugos que não entendem nem mereceram. E uma larga faixa de gente, educada e esclarecida, tida como de Direita moderada, que não se revê, nos partidos que governam em coligação, que já ninguém sabe o que são, nem eles próprios- a actual gentinha aglomerada e a viver desses partidos- a "outra" gente, está muito zangada e revoltada, pelo que essa gentinha, está a fazer a todo um país e aos que mais sofrem e sofreremos todos, e a todos os que não tenham ligações e cargos e jobs - emanados do Centrão. Esse horrível,"coiso" em que estes governantes, e os anteriores, e os que lhe antecederam, nunca incomodam, nunca mexem,jamais mexerão, e ainda arranjam , mais uns tantos para lá meterem e a comerem à conta da miséria de quem ganha mais de 600€. Se estou revoltada? Estou! E se encaro fazer parte de todos os movimentos que me proponham um fim a este sistema de ganância. Porque vim dum tempo em que pertencendo a uma classe, privilegiada, vivi e fui feliz com muito pouco,eu e tantos mais, fiz o meu caminho, os outros também, pagámos para tal, e não nos podem, uns "rapazolas", retornados,uns ex-doce e simulacros de playboys, uns troca-tintas, de PM e PR, saloios balofos, que governam o meu país que já foi governado por gente distinta, tratar como se fossemos os escravos. DELES. Quem é esta gente? Este PM, impreparado, que se formou aos 38 anos, quando eu, o fiz noutra época aos 22 e, apesar da falta de emprego, que os retornados trouxeram à minha geração, porque tinham, sem qualificação, prioridade no país, sobre nós, os jovens aqui nascidos e saídos das universidades. Mas lá fui arranjando trabalho, que nenhum retornado com o curso comercial queria, os mesmos que me ocuparam a casa que o meu pai me deixou, que esteve anos em tribunal, e só resolvi o processo com uma indemnização de 1000 contos, que pedi emprestados, porque quem me ocupou a casa era indiano de Moçambique, e o Juíz, também, e o processo, foi "devidamente" encaminhado e perdi o processo duma casa que me era essencial, vítima duma ocupação ainda na minha menoridade. Estou farta do que se passa neste país desde que os militares, na madrugada de 25 de Abril, entraram no RCP, a rádio obra do senhor meu pai, e puseram a tocar a bonita música do Paulo de Carvalho.Cabe-nos, impedir este estado de coisas. Um corajoso Ano, a todos vós.
tbm

Ivone Mendes da Silva disse...

Um ano à medida dos seus desejos, UJM é o que lhe desejo.

Um Jeito Manso disse...

Cara Leitora d'A Matéria dos Livros,

Muito lhe agradeço as palavras e, logo a começar, a forma como se me dirigiu. Fiquei logo aí toda embevecida...

Quero aqui deixar-lhe a minha convicção de que se sairá muito bem dos seus desafiantes trabalhos - quando se quer mesmo, tudo se consegue. Não se pode deisitir, baixar os braços. Gostando-se do que se faz, faz-se isso e muito mais.

Também gostei de a conhecer. O seu blogue é um recanto de cultura, tranquilidade, boas ideias e, além do mais, é muito bem escrito, coisa que muito aprecio.

Boa sorte e muita força. 2012 não a desiludirá.

Um beijinho.

Um Jeito Manso disse...

Caro Patrício,

Ainda bem que gostou do novo look. Volta e meia apetece-me mudar de ares, apetece-me transmitir um feeling, nem sei. Agora apeteceu-me transmitir tranquilidade, uma 'boa onda' como disse acima A Matéria dos Livros. E um certo ar distinto ainda que mantendo sempre o charme. Qualquer coisa assim. Espero que isso passe.

É que 2012 vai requerer que tenhamos força, dignidade (e que nunca percamos o charme que isto de uma pessoa sem charme é uma sensaboria).

Eu, daqui desde meu cantinho, não me calarei contra o que for achando injustiças - mas, espero eu, não vou perder o meu gosto por arte, por coisas bonitas.

E todos os nós, mantendo-nos lúcidos, firmes, não deixaremos que se degrade o País nem a vida dos mais desafortunados para além do suportável.

Um belo ano para si e para os seus, Caro Patrício.

Um Jeito Manso disse...

Era uma Vez,

Este seu comentário sensibilizou-me. Não sendo dada a grandes práticas religiosas tenho uma enorme admiração pela figura de Jesus Cristo. Foi um líder, um revolucionário, um lutador, um patriota, uma pessoa inteligente, sem preconceitos, um homem que amava e usava bem as palavras, um homem de grande coragem.

Precisávamos hoje que alguém a Europa se levantasse e falasse como jesus Cristo, que defendesse os mais pobres, os mais humildes, os que não têm voz, os que apenas podem dar uma refeição por dia aos filhos, os que sofrem envergonhados a sua pobreza. Precisávamos - e um dia essa pessoa aparecerá porque o caminho que a humanidade deve trilhar é o caminho do futuro e não o caminho da insegurança, da pobreza, da insegurança.


Muito lhe agradeço as suas palavras. E a si, aos seus meninos, aos meninos dos seus meninos e a todos os que lhe são próximos, uma vez mais, um 2012 muito bom, com tudo o que desejem!

Um Jeito Manso disse...

Cara TBM,

Li com muita atenção as suas palavras de preocupação, as suas palavras sentidas, o seu desencanto perante o percurso deste país, em paralelo com o seu próprio precurso pessoal.

Em primeiro lugar quero desejar à sua irmã que ultrapasse esta fase tão desagradável da quimio e que fique boa rapidamente. Há-de ficar e será uma orgulhosa sobrevivente, que passará a dar um valor ainda maior à vida.

Espero que a TBM arranje em si energias e ânimo para a apoiar sempre que ela precise.

A si, TBM, tenho que lhe dizer que, das palavras que lhe tenho lido, que não a vejo como uma desistente. E se o seu percurso tem passado por atribulações, sobressaltos, revoltas, recomeços, não será agora que uns quantos receém-licenciados a irão desalentar.

Que isto está de susto, é um facto. Que do que se ouve é da gente ter vontade de poder virar as costa e dizer adeusinho a tanta mediocridade, também é um facto.

Mas o País tem séculos demais para deixarmos que se estrague desta maneira, para nos deixarmos derrotar.

Eu, por mim, acredito muito nos portugueses, é gente boa, trabalhadora, gente capaz de ir à luta. Acho que é um país que bem gerido e mobilizado no bom sentido tem imnesas potencialidades.

Claro que é necessário corrigir desequilíbrios. Mas não de súbito, querendo corrigir em 2 ou 3 anos desequilíbrios que têm mais de 20 anos, e não à custa de agiotagem, de espoliação.

Por isso, mantenhamo-nos confiantes, tranquilos, afastemos o medo, não nos deixemos tolher pelo desânimo.

Fiquei foi curiosa com a sua história de vida. Noto-lhe ainda revolta e tristeza pelas perdas. Percebo-a.

Mas, desejando, de novo, saúde para si, para a sua irmã e para os que vos são mais queridos, e desejando que se anime e se alegre, espero que 2012 seja, afinal, um belo ano.

Um beijinho, TBM.

Um Jeito Manso disse...

Cara Ivone,

Lamentando não a poder receber aqui com um Gorreana - que isto de computadores e web2 é tudo muito lindo mas ainda não dá para servir um chá em condições - limito-me a dizer que muito lhe agradeço os seus bons votos. Tomara mesmo que todos os meus desejos se concretizem, tanto mais que eu não sou modesta a formular desejos.

Mas acho que sim, que será um bom ano.

Para si, Ivone, só posso desejar que se mantenha inspirada nas palavras, que faça primoroas traduções em grego e no que for (não seria de começar a aprender chinês, Ivone...? Olhe que é o que vai estar a dar dentro em pouco...), que tenha boas leituras, que veja belos filmes, que se mantenha com boa mão na cozinha, e que tenha saúde, sorte e só não lhe desejo que o tempo esteja frio porque não gosto muito de andar encasacada.

E tudo de bom para o seu filho, que ele possa progredir e construir a sua vida onde muito bem entender, nomedamente em Portugal se essa for a sua vontade ('a sua' dele, porque presumo que seja também 'a sua' sua).

Um beijinho, Ivone!

Anónimo disse...

Bom, excelente "good look" o deste Blogue e o mesmo quanto aos comentários, aqui feitos, a ler e reter. Comungo do que diz, quanto ao passado e seus balanços. Já quanto ás boas recordações de um outro passado, aquele que nos foi próximo, também retenho boas e gratas recordações, algumas com muito carinho. Tenho, como tinha quando ainda mais jovem, saudades de outros tempos (muitas), já a nostalgia deixa-me pouco confortável.
Já "no que concerne" (como costumava dizer o Dr. D.Barroso quando era MNE e depois PM antes de se pisgar para Bruxelas),à crise, a 2012 e ao que aí vem, sugiro a seguinte receita: várias pitadas de humor, outras tantas de combate, coragem, energia para continuar o tal combate e um "manguito" à crise.
E que este nobre povo se aguente!
Cá por mim, tudo farei para que não me verguem os costados e daqui a mais 1 ano esteja firme a comemorar o ter resistido.
Um "Ano Bonzinho" como me desejaram, amavavelmente, gentes simples.
E vamos á luta! Como aqui se diz - e muito bem - neste Post, "prá frente é que é o caminho".
P.Rufino

Um Jeito Manso disse...

Caro P. Rufino,

Já passa da meia noite e meia e eu vinha aqui para escrever o meu post do dia quando dou com este seu comentário de alto astral, de bela energia positiva. Dá gosto. É isso mesmo, bola para a frente, cabeça erguida e vamos lá, para a frente. Toda a gente este ano, pelo menos para os meus lados - dizia assim: 'que o pior de 2012 seja o melhor de 2011' ou, se não era isto, era uma coisa parecida. Que arrelia.

Mesmo no momento de formular desejos, parece que as pessoas têm medo de desejar demais.

Não pode ser. Temos que acreditar, querer, ir à luta, discutir, refilar, reivindicar, critaicar, zurzir, levar tudo à frente.

E com boa disposição, energia, persistência, convicção, não dar tréguas que isto não está para nos deixarmos afundar.

Por isso, Caro P. Rufino, parece-me que V. é cá dos meus e pode contar comigo para ir, por estas bandas, partindo a louça. Outras vezes, contudo, estarei mais branda, dar-me-á para as artes que eu sou assim mesmo, tenho dias.

Mas nunca, nunca por nunca, me verá alinhada com esta gente que anda a estragar a vida das pessoas com ar de quem anda a fazer alguma coisa de jeito.

E agora, meu Caro, vou ver se escrevo aqui uma coisinha que me está a causar uma comichão... ai senhores...!

Volte sempre, ok?