Não gosto dos romances do António Lobo Antunes, mas gosto muito das Crónicas, género no qual o acho uma maravilha.
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Clarice Lispector, uma mulher escritora muito especial
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Pedro Paixão no 5 para a meia-noite com outro crazy guy, o Alvim
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Manuel Marques e Maria Rueff tão bons que apetece nem ver os originais, a Cátia e a Teresa Guilherme
Enjoy!!!!
2 comentários:
a) António Lobo Antunes.
Gosto dele enquanto cronista, não perco um romance, quando vi a entrevista comovi-me, sorri, fez-me pensar muito. Nesse dia, ele citou uma frase da "Crónica de D.João I" de Fernão Lopes que, põe na boca do Dr. João das Regras, no primeiro discurso ao povo de Lisboa:"Olhai, olhai bem mas, vede". Esta frase, mais que actual, é urgente. Não me saiu mais da cabeça.
Quem poderia ser hoje o João das Regras?
b) Clarice Lispector: li pouco mas, gostei.
c) Pedro Paixão: abstenho-me.
d) Casa dos Degredos: Ao contrário da outra, tenho visto algumas vezes, por causa da Rueff. Tem um piadão e é extremamente versátil.
É já uma senhora actriz.
E pronto. Acho que esgotei a cota de opiniões e disparates, por hoje.
Beijinho
Maria
Olá Maria,
1. Comento o 'tema' Antº Lobo Antunes. Depois dos primeiros romances, de que gostei muito, acho que ele passou a emaranhar-se nas suas próprias palavras, o texto sai recorrente, repetitivo, cansativo. É óbvio que, pelo meio, há frases fantásticas mas o fio narrativo empecilha-se e eu não consigo chegar nem a meio, desisto, sempre aborrecida.
Tenho disciplinadamente comprado todos os seus livros mas, desta vez, dei umas olhadas ao interior, pareceu-me que é mais do mesmo e, corajosamente, decidi que desta vez não o vou comprar.
Em contrapartida, gosto imenso das crónicas, acho que são sempre interessantes e bem escritas. Ele menospreza as crónicas mas eu acho que é nas crónicas que ele é bom.
Depois dá umas entrevistas fantásticas. Repete-se imenso. Encontramos as mesmas tiradas em várias entrevistas mas, abstraindo-nos disso, são sempre entrevistas interessantes. Claro que aquele ar basé torna-o um pouco arrogante mas, ainda assim, gostp de o ver e ouvir falar e gosto de ler as suas entrevistas em livro.
2. Clarice Lispector á uma escritora cuja obra admiro. É uma escrita que vem de dentro, algo estranha, mas muito sensorial, muito íntima, e, ao mesmo tempo, inquietantemente racional.
3. Quanto ao Pedro Paixão: é um outro cujas entrevistas são memoráveis. Sendo bipolar e inteligentíssimo e culto, torna-se uma 'persona' interessante, frequentemente bastante divertido, imprevisível.
4. A Rueff é fantástica, sem dúvida. O Manuel Marques também. E temos excelentes humoristas, grandes actores e eu acho que devemos acarinhá-los pois fazem-nos rir em tempos tão difíceis.
PS: O casório da minha filha não está esquecido mas ao fim de semana a disponibilidade é diminuta e, para o escrever, tenho que me concentrar para recordar os pormenores para ser fiel à realidade (senão lá virá a minha filha corrigir-me). Mas não tardará, minha amiga.
Um beijinho, Maria.
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