terça-feira, junho 14, 2011

Emma Wedgwood, a mulher que comprovou junto de Charles Darwin que 'existe uma felicidade maior que a de tecer teorias e acumular factos em silêncio e solidão'


Charles Darwin

Quando estava perto dos 30, acabado de uma viagem de 5 anos à volta do mundo, no Beagle, Darwin equacionou se deveria ou não arranjar mulher e, para ver se conseguia decidir, fez uma tabela. Numa coluna escreveu as razões para se casar, na outra as razões para não o fazer.

A coluna dos 'nãos' estava cheia (iria perder tempo a aturar os familiares da futura mulher, iria ter menos dinheiro para ele próprio, não poderia viajar tanto, etc).

Mas a coluna dos benefícios foi difícil de preencher... No final deu a entender que ter esposa era melhor que ter um cão. Completou essa coluna com um apontamento ‘Encantos da conversação feminina e da música (coisas boas para a saúde), mas que grande perda de tempo!’


Emma Wedgwood

No entanto, alguns meses mais tarde Darwin apaixonou-se loucamente pela sua prima Emma Wedgwood. A correspondência que trocaram demonstra que rapidamente esqueceu as suas reticências e como, passado algum tempo, já estava desesperado por se casar com ela, ‘Creio que me vai humanizar, ensinar que existe uma felicidade maior que a de tecer teorias e acumular factos em silêncio e solidão’.

E assim viria a ser. Tiveram 10 filhos (que educaram de forma pouco convencional, face à rigidez da época), formaram uma equipa apesar de algumas diferenças especialmente a nível religioso e apenas a morte os separou.


(História retirada do livro de Eduardo Punset referido aqui)

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