segunda-feira, março 14, 2011

Flores, poesia, livros - les beaux esprits se rencontrent

Há livros que são também belos objectos, que nos dão prazer só de os olhar. No outro dia já falei no Ginjal e Lisboa do último livro de José Tolentino Mendonça, que reune a sua poesia, que é um livro muito bonito, com formato e cores de missal.

Hoje falo de outro, Flores de António Oliveira (texto) e Emerenciano (que aqui não escreve: é responsável pela ilustração) da Editora Letras e Coisas - Livros, Arte e Design. Muito bonito.

A noite abre os meus olhos, Flores, Bailias, Sob os teus pés a terra - juntos

Reproduzo dois dos poemas-flores e, por razões de ordem prática, permito-me juntar fotografias minhas em vez das que ilustram, no livro, os pequenos poemas.

Papoila
Uma boneca de trapos
em tons quentes de aguarela
Semeia beijos ao vento
que só quer casar com ela!


Flor de eucalipto
Que frescura tão solúvel
arde nos gumes da noite
ou poros acidulados
da flor do eucalipto.

Sem comentários: