Há livros que são também belos objectos, que nos dão prazer só de os olhar. No outro dia já falei no Ginjal e Lisboa do último livro de José Tolentino Mendonça, que reune a sua poesia, que é um livro muito bonito, com formato e cores de missal.
Hoje falo de outro, Flores de António Oliveira (texto) e Emerenciano (que aqui não escreve: é responsável pela ilustração) da Editora Letras e Coisas - Livros, Arte e Design. Muito bonito.
A noite abre os meus olhos, Flores, Bailias, Sob os teus pés a terra - juntos |
Reproduzo dois dos poemas-flores e, por razões de ordem prática, permito-me juntar fotografias minhas em vez das que ilustram, no livro, os pequenos poemas.
Papoila |
Uma boneca de trapos
em tons quentes de aguarela
Semeia beijos ao vento
que só quer casar com ela!
Flor de eucalipto |
Que frescura tão solúvel
arde nos gumes da noite
ou poros acidulados
da flor do eucalipto.
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