A copa do meu pinheiro ao cair da noite |
Regresso quando tudo é mais exacto.
O recorte da serra, o tijolo do muro,
a sombra do teu corpo.
A noite um puro arbítrio.
A amendoeira começa a florir |
Queria que ficasses
naquele olhar
a caminho da curva
do meu ombro
A vinha virgem agarra-se à parede, aparentemente trémula mas, de facto, bem forte |
As pedras perseguem-nos
e, com elas, melancolias e mitos.
Vestígios de um tempo inscrito
nas vozes solitárias.
Instante muito breve
entre o espelho
e o azulejo.
O tempo branco
de fugires da tela.
[Poemas do recente livro Desobediência - Poemas Escolhidos de Eduardo Pitta]
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