terça-feira, agosto 03, 2010

Coisas do NJ


No outro dia, enquanto víamos na televisão as provas de saltos de cavalos, ensinei ao NJ o que era o rabo do cavalo, aquele cabelo grande ali na parte de trás, que voa quando ele corre e salta. Ele, que estava deliciado a ver as provas (‘Oh…Caíu pau…’ ou, pelo contrário, ‘Boa!’), percebeu o conceito do rabo de cavalo mas não deu muita atenção, entretido que estava com os saltos.

Uma semana depois, sentados nas escadas da Torre de Belém, ele muito sossegado de início, a observar os aviões (quando são brancos, com uma letra verde e uma encarnada, todo feliz, quase aos saltos, ‘PAP! PAP!’ que é, claro, uma aproximação quase perfeita a TAP), o helicóptero, os barcos, uns pininins, outros gãããããns, (pequeninos e grandes, claro), eis que passa um barco com um mastro à ré e uma bandeira esvoaçante.

Preparo-me para lhe acrescentar mais uma palavra ao dicionário: ‘Sabes o que é aquilo ali atrás, a voar?’.

Ele olha, pensa um pouco e diz, convicto: ‘Rabú baco’.

Assim de súbito, tanta coisa de permeio durante a semana, nem percebemos mas logo se fez luz, pois claro, o rabo do barco, tal como o rabo do cavalo.

No dia seguinte, num jantar improvisado, a comer as coisas de que mais gosta, ‘Tat, ôvú’ (tomate, ovo), juntamos atum, que ele come de gosto.

Pergunto-lhe, ‘Gostas?’,

Com a boca cheia, ‘Xim’.

‘E sabes o que é que estás a comer?’.

Pensa um segundo e responde, seguro ‘ Xaumon’. (Salmão…)

’Não, não é salmão, é atum’.

Ele afina a resposta, ‘Xaumun’.


Fofésima criatura!

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