quinta-feira, julho 29, 2010

Figueirinha, Galapos, Portinho da Arrábida - memória


Quando eu andava na escola primária ia com os meus colegas e professores, no verão, para a Figueirinha. Ia também para lá com os meus pais, não para a zona com mais areia e onde estavam os toldos mas sim para a zona a seguir ao túnel ou, então, para a zona de rochas antes de lá se chegar. Depois passámos a ir para Galapos. Outras vezes íamos para o Portinho. Já nessa altura éramos avessos a praias com muita gente.

Depois, quando já era mais crescida, deixámos de ir porque ou se ia de madrugada ou não se conseguia estacionamento. Voltei a ir, espaçadamente, com os meus filhos pequenos. Mas a logística para estas praias não é fácil, especialmente com crianças pequenas (recordo-nos carregados com eles, com toalhas, brinquedos, sacos, chapéus de sol, por longos carreiros a pé).

Da época em que íamos para lá, guardei a memória das rochas que desapareciam ou apareciam com as marés, cobertas de limos e mexilhões, com a água a rodopiar à volta em remoinhos, com as pequenas poças de água que subsistiam por algum tempo quando a água já tinha recuado, lembro-me de subir (com cuidado para não escorregar) e, depois, mergulhar naquela água límpida e sempre um pouco fria. Lembro-me de ver às vezes pequenos peixinhos em cardume, ali à beira, ao pé de nós, lembro-me da areia molhada rija (muito diferente da areia fina e mole de outras praias), lembro-me das algas, do cheiro.

Hoje, num dos extremos da Foz do Arelho, como dias antes nas praias a seguir a S. Bernardino ou no Castelejo, é esse cheiro, essas algas, essa água, essas rochas que eu continuo a apreciar, como recordo ainda das praias de Setúbal.

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