Em tempos visitei fábricas em que se produziam fibras sintéticas. Perceber o processo produtivo desde a entrada das matérias primas (derivadas do petróleo) até à saída de fibras macias e coloridas pode ser surpreendente.
Acompanhar o controlo de qualidade e ver o que acontece ao que é rejeitado bem como ver o que acontece aos resíduos líquidos, carregados de químicos, é outra surpresa. Lembro-me de uma grande fábrica fora de Portugal, uma que era considerada um modelo de eficiência e sustentabilidade, e de vir de lá com os cabelos em pé o que me valeu alguns dissabores digamos que diplomáticos.
Outros tempos.
Muitas vezes ignoramos completamente como é feito aquilo que usamos. E, pensando bem, se calhar é melhor assim. Há situações em que a ignorância não nos faz perder nada. Seja como for, é bom que, pelo menos, se saiba que, antes do produto acabado chegar às nossas mãos, muitas vezes há um longo processo produtivo que dá trabalho, e sustento, a muitas famílias.
Mas hoje, aqui, não trago processos industrializados, ou, pelo menos, fortemente automatizados. Trago as origens e o processo seguido desde a origem, seja no mundo animal seja no vegetal, até que algumas das fibras mais caras do mundo cheguem até nós. E se as fibras sintéticas, em que há feroz concorrência, tendem a ter preços baixos, já as fibras naturais podem chegar a preços verdadeiramente exorbitantes apenas ao alcance dos poucos que podem pagar produtos de luxo.
How The World's Most Expensive Fibers Are Made | Insider Art
Communities around the world rely on harvesting some of the rarest known fibers to make a living. But for most, it's not an easy task. Fragile fibers like lotus silk and vicuña wool are so rare that they can cost more than gold. Here's how some of the world's most expensive fabrics — like French Leavers lace, Icelandic eiderdown, and cashmere from Himalayan goats — are made.
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