De facto, continuamos a girar neste vasto universo e nem damos por isso. Quase nos convencemos que pisamos solo firme numa realidade estática. E, no entanto, por aí andamos às voltinhas. E, depois, há outra. A organização do tempo que leva a contabilidades a que nos agarramos como se fossem condicionantes, bem vistas as coisas são meras abstracções.
Mas cá estamos para irmos fazendo de conta que, quando há um determinado alinhamento, faz sentido apagar velas, cantar, bater palmas. Desde pequena que, no que a mim diz respeito, acho isso uma fantasia em que me encaixo com algum esforço.
Contudo, logo que tive filhos e vi como para eles e para a família era importante um festejo, passei a encarar os aniversários com maior bonomia. Aliás, fazer festinhas de anos para eles era para mim uma alegria, com amiguinhos da escola, primos e, à noite, a família toda. Como é tudo gente do verão, só me lembro dos calores que me apanhavam quando já estava cansada e a precisar de férias.
Enfim.
O que posso dizer é que, portanto, podendo facilmente estar enfiada no campo sem qualquer comemoração, a verdade é que a opção foi outra: cá estivemos, todos juntos, malta dos 6 aos 90, tudo junto, tudo à conversa, conversas sobrepostas, os miúdos com aquele apetite voraz que os caracteriza, e uma boa disposição contagiantemente maravilhosa. Complicado mesmo é conseguir uma fotografia de grupo em que não fique um a olhar para baixo, outro a fazer cara de totó, outro a fazer cornos a alguém, outro fora de ângulo. E, passado algum tempo, já estão todos fartos e vai cada um para seu lado. Uma frustração.
A ementa foi daquelas que os deixa felizes só de verem as bancadas compostas: crepes chineses, diversas caixas de sushi, pizzas várias daquelas boazonas em forno de lenha, arroz chau chau, frango assado, batatas fritas. Só faltaram as chamuças e o pão naan mas já não tivemos tempo. O bolo foi de pão de ló com mascarpone, morangos e amores-perfeitos. E havia também pão de ló com doce de ovos e bolo de limão merengado. Uns gulosos.
A ver se entro em dieta para me conseguir enfiar com elegância nos fatos de banho.
Conclusão: a esta hora, como é bom de ver, estou cansada, com sono.
Ficou cá um menino mas também estava cansado pois foi logo para a cama e, depois de mais uma história, ficou instantaneamente a dormir.
E, como é bom de ver, foi mais um dia sem ver televisão. Não sei de notícias, não sei de nada. A vida sem a gente conspurcar a mente com uma overdose noticiosa pode ser bem melhor.
E, para não darem o vosso tempo por mal gasto, vindo aqui para nada, partilho dos vídeos que me parecem interessantes.
Why Yuval Noah Harari meditates
An Architect's Hidden Family Home Built Into A Hillside
Um dia bom
Saúde. Vida longa e feliz. Paz-
3 comentários:
Caríssima UJM
Aceite os votos de parabéns, e continuação de felicidade extensivo pela sua família que são o porto de abrigo que todos temos.
Um abraço.
UJM
Quem assim o entender, em dar uma voltinha ao "Aspirina B", e ver "Monstruosidades" assinaladas pelo VALUPI, é uma delicia desmascarar o provocador mor sr. Marques Mendes.
CCastanho
Muito obrigada quer pelas palavras quer para a dica sobre as Monstruosidades escritas pelo Valupi!
Abraço.
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