Perdeu o emprego, perdeu os patrocínios. Deixou de ser convidado para o que quer que fosse. Foi banido da sociedade. A sua honra foi desfeita. Tornou-se um proscrito, um ser infame.
Apareciam os que lhe apontavam o dedo por ele se ter aproveitado da sua posição para os assediar. Lembro-me da ofendida mãe de um rapaz. Kevin Spacey era um porco imundo, segundo todos quantos lhe apontarem o dedo e lhe mostraram que o único caminho era sair de cena.
Sempre se declarou inocente.
Mas ninguém ouve os que caem em desgraça: ele era culpado, ele tinha que pagar por todos os crimes. Vários crimes, nos Estados Unidos e no Reino Unido.
E, no entanto, eis que agora veio o veredicto. Tal como nos Estados Unidos já tinha sido declarado inocente também agora, no Reino Unido, o foi.
A notícia sai pequena, sem destaque.
Ninguém quer saber da inocência dos inocentes.
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