sexta-feira, março 17, 2023

A caminho de me pôr fit -- dia 1.
Isto em dia de grande alegria sportinguista cá por casa.
Com surrealismo gostoso à mistura

 



O dia foi bom. O pior foi que, andando eu distraída da meteorologia, a meio da tarde fui surpreendida com o dia a escurecer e a chuva a cair. Pensava que ia estar um dia de sol e, afinal, descambou daquela maneira. 

Ia começar a rever a minha obra literária mas tive que me deixar disso e ir apanhar a roupa que tinha estendido pouco antes. 

Entretanto, as coisinhas de que falei no outro dia já estão penduradas, bonitinhas e a piscarem-me o olho para me deixarem feliz da vida. Olho para a parede e fico toda contente.

E, como tinha pensado, fui inscrever-me nas minhas actividades hídricas. E, quando a menina da secretaria ia começar a explicar-me a dinâmica do local e o que eu devia trazer, disse-lhe que já vinha equipada e pronta para entrar em acção. 

E assim foi. 

No balneário estava atrapalhada com o cadeado (levei um de código) quando uma parceira foi em meu socorro. Pouco depois já uma segunda se nos tinha juntado e, simpaticamente, começado a explicar-me o funcionamento da coisa, não só dos cacifos mas de tudo.

Depois foi a aula. Gostei imenso do professor. Jovem, alegre. Música a bombar. 

Claro que tive alguma dificuldade em sincronizar-me. E salta, e levanta o joelho direito e toca com a mão esquerda no calcanhar direito. E troca. Levanta o joelho esquerdo e toca com a mão direita no calcanhar esquerdo. E troca. E etc. Sempre em acção. 

Estar a olhar para ela e conseguir aguentar o ritmo, movimentando braços, pernas, ancas e ombros, foi um desafio. Mas lá me esforcei para me manter alinhada. 

Foi bom. Sempre a bombar. Contudo, devo confessar que, para o fim, já me sentia um pouco cansada. Com a prática e com mais uns dias de pós-covid em cima espero ficar mais em forma.

No fim, fiz sinal ao professor para saber se podia dar umas braçadas. Como gosto muito de nadar, uma piscinona ali ao dispor era para mim um convite irrecusável. 

Disse-me que sim. Fui. Mas aí percebi que não estou mesmo em forma. Os vinte e cinco metros para lá ainda foram bem. Agora os vinte e cinco metros para cá já foram em esforço. Nessa altura é que me lembrei: gaita do corona. Ainda me canso mais do que é normal, essa é que essa. Por isso, fiquei-me por aí.

A este nível tenho contudo uma outra dificuldade que, esta, não sei se é transponível: não consigo pôr-me nua a ensaboar-me por dentro e por fora, tudo na maior fraternidade, todas conversando e rindo na maior naturalidade, tudo ao léu na maior descontra. Não consigo. Não sei se diga que ainda não consigo ou se diga que não consigo nem conseguirei. Não sei.

Enquanto eu estava lá, o meu marido andou a fazer uma caminhada com o urso-fofo. Eu bem tento mostrar-lhe os benefícios da coisa. Não consigo. Irredutível. Aquilo não é número para ele.

Ao fim da tarde fomos fazer o nosso passeio de fim de dia e já estamos a começar a retomar as distâncias anteriores.

E a nível de actividade física foi isto. 

Também aproveito para andar enquanto estou ao telefone. Sempre assim foi, mesmo quando estava circunscrita ao gabinete.

E hoje, para além das chamadas diárias normais, tive uma bem longa, e agradável, com um ex colega. 

Ou seja, ao ver agora o comentário do Ccastanho, fui ver qual o meu score, convencida de que andava bem modesto. E até fiquei admirada... Depois de dias de sono e borreganço, hibernação covídica pura e dura, eis que voltei a ver os meus usuais 15.000 passos.

Fiz uma captura do ecrão do telemóvel para eu própria não duvidar.


A ver se esta sexta-feira vamos avaliar o tema do ginásio para ver o que nos recomendam e se nos agrada. 

O meu marido avisa-me: não te estiques. Mas, depois da chatice do joelho e da covid, só me apetece é partir para a acção. Fartinha de dormir e de pouco fazer, fartinha, fartinha.

E estou focada na escrita. E, também, a fermentar a vontade de me atirar às tintas. Só que tal como ao escrever não consigo pensar em escrever 'para nada' e só penso em como conseguir publicar, também ao pintar penso logo em como fazer para vender o que pinto. Ora, como são meios que em absoluto desconheço, sinto-me um bocado às escuras. No entanto, esta sensação é, para mim, parte do processo de encantamento em que gosto de estar (não saber no que me vou meter, estar na mais absoluta ignorância... e desejosa de partir à descoberta, ignorando dificuldades, sem medo de bater com a cabeça na parede, toda eu atirada para a frente, ansiosa por arriscar)

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Falta-me dizer que reina a alegria aqui por casa e que, a certa altura, até me assustei tal a intensidade do grito. Quando tentei perceber, só ouvi: que golaço!

Muita alegria. De casa da minha filha veio logo um vídeo. Outro sportinguista aos saltos e transbordante de alegria. Aliás, o avô estava a dizer que ele deveria estar radiante. Um outro, mais novo e com treinos e jogos às oito da manhã e ao fim do dia, já tinha adormecido.

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Como ando a pensar em pintura, aqui o algoritmo do YouTube -- que me adivinha os pensamentos --, apareceu-me, todo lampeiro, a oferecer-me o vídeo que qui agora partilho (e, desta vez, com legendagem em português)

O mundo surreal de Rene Magritte 

(autor das pinturas que ilustram este texto)
 

Art History School

Aprenda sobre o mundo bizarro de Rene Magritte, nesta biografia de Rene Magritte. Ele foi um artista surrealista belga e um dos mais famosos pintores surrealistas. As suas pinturas eram caracterizadas por símbolos particulares – o torso feminino, o “homenzinho” burguês, o chapéu-coco, a maçã, o castelo, a rocha, a janela e outros objetos comuns, frequentemente colocados em situações inusitadas ou inesperadas. Como outros pintores do surrealismo, a sua obra é misteriosa e deliberadamente difícil de decifrar. Casou-se com Georgette Berger em 1922 e fez amizade com Andre Breton, Paul Eluard, Hans Harp, Joan Miro e Salvador Dali do grupo surrealista parisiense.

As obras mais importantes de Rene Magritte incluem The Menaced Assassin, The Red Model e The Enchanted Domain, um mural que ele criou para o Knokke Casino na Bélgica. O trabalho de Magritte teve um grande impacto desde sua morte. Pop art, conceitualismo e a pintura dos anos 1980 podem apontar para a sua influência e o seu trabalho ainda inspira arte comercial e designers gráficos em todo o mundo. O Museu Magritte, inaugurado em Bruxelas em 2009, possui mais de 200 pinturas, desenhos e esculturas de Magritte, que merecem uma visita.

[Traduzido pelo Translate do Youtube]


Um dia bom
Saúde. Ânimo. Paz.

2 comentários:

ccastanho disse...

Viva UJM.

https://www.youtube.com/watch?v=IFNntd48II8

Pôr do Sol disse...

Bos noite UJM,

Parabens pela sua força de vontade que vai certamente mante-la viva e fresca.

Nunca compreendi essa falta de cabines de duche individuais nos balnearios. Foi tambem essa dificuldade que contribuiu para ter desistido da hidroginástica recomendada. Eu, que não saio do banho sem um roupão vestido, mesmo que me saiba sozinha em casa, não conseguia que as minhas cicatrizes passassem invisiveis por entre outras mulheres. Mulheres essas que numa de solidariedade se tentavam irmanar na doença.

Talvez devesse ter dado tempo e habituar-me.

Boa continuação e bom fim de semana.

Um beijinho