Com lágrimas nos olhos e a voz embargada, Juliette Binoche refere o testemunho de alguém que não perdeu a vida mas perdeu parte do que a mantinha vivo, as palavras vazias, esmagadas pela dor de uma ucraniana que perdeu a família.
“Ouvi-os, a todos, a morrerem. Micha respirava pesadamente como se tentasse livrar-se do fogão, mas não conseguia. A dada altura, deixei de ouvi-lo”. E, então, ouvi Pauline a chorar. Morreu também. A minha mãe disse-me que o meu filho me chamou várias vezes, depois ficou calado. Para sempre. Tinha 14 anos."
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