Quando um lunático está no poder e quando, ainda por cima, é um lunático com apetência imperialista e sem qualquer respeito pela dignidade de quem não se verga à sua vontade, quando está aos comandos de uma potência poderosa, armada até aos dentes, então, estamos perante uma situação deveras perigosa.
Para quem, como eu, achava que os tempos já não estão para malucos e que as guerras mais recentes teriam provado que já ninguém aceita tão absurdas e criminosas situações, o que está a passar-se é impensável.
Emociono-me ao ver estas imagens. Dou por mim com lágrimas nos olhos. Por várias vezes, ao longo da noite, os meus olhos encheram-se de lágrimas.
Custa-me perceber como é possível, nos dias de hoje, acontecer uma coisa destas.
É impensável.
Isto não poderia estar a acontecer. Isto não pode acontecer.
Acredito que a Rússia não seja Putin. Tenho esperança que a Rússia apeie Putin. Gostava que fosse a Rússia a apear Putin.
Não quero saber de chavões ou de grandes conversas sobre motivos ancestrais, equilíbrios estratégicos, o que for. O que sei é que não pode haver justificação humana para o que está a passar-se. Quem decide invadir um país pela força das armas é um assassino. Mas o grave é que um assassino vulgar mata e supostamente fica saciado ou vingado. Mas se estamos em presença de um assassino que é um mitómano, um psicopata, e se tem as rédeas do poder na mão, o perigo é muito maior. Nem consigo imaginar até onde Putin pode ir.
Espero que alguém consiga pôr cobro a esta loucura. Espero que a solução nasça dentro da própria Rússia. Espero que a China dê uma ajuda.
Enquanto isso não acontece, só me resta esperar que a Ucrânia resista. Apesar das explosões, dos tanques, das tropas na rua, apesar do medo, apesar de tudo, espero que a Ucrânia resista.
A bravura dos ucranianos comove-me. O seu sofrimento também. A sua determinação também.
E só espero que todo o mundo civilizado apoie a Ucrânia. De todas as formas, em todos os lugares, até quando for necessário. Nas ruas, nas redes sociais, na comunicação social, onde quer que se possa influenciar os governos de todo o mundo a apoiar a Ucrânia e a apear Putin e toda a infame e infecta oligarquia que o apoia.
You’ve all seen it now. The small, mean, vicious yet weirdly blank eyes. The stubby stabbing fingers that jab as he humiliates his underlings, making them shake with fear. The joy he takes in sadism. It’s almost comedy villain stuff. But cliches exist for a reason. And we need to stop kidding ourselves about Putin – and start taking steps to deal with him. (...)
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Este é o presidente da Ucrânia:
era um comediante, aparentemente um populista pouco preparado para altos voos.
Tem-se mostrado estranhamente corajoso, fazendo frente a Putin
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Voluntários chegam-se à frente para defender a independência da Ucrânia
5 comentários:
Obrigada pelo seu texto e ilustrações.
A culpa nunca é só de um lado:
https://youtu.be/7r6CeeLBjJg
...E o que é que está ( estamos ) disposta a fazer, individualmente, no seu dia a dia ?
Grandes tiradas proclamatórias são fáceis...
Caro Anónimo,
A nível pessoal faço o que acho que devo fazer e faço-o em privado.
Mas dado que este blog é visto ultimamente cerca de 3.000 vezes por dia (num destes dias passou as 4.000), das quais algumas centenas chegam dos Estados Unidos ou da Rússia, aproveito para juntar a minha voz a todos quantos no mundo inteiro condenam o crime russo.
Se todas as pessoas fizerem o que está ao seu alcance, a opinião pública far-se-á ouvir (tal como já está a acontecer).
Na medida do que podemos, devemos ajudar nem que seja manifestando-nos seja sob que forma for. O que acho que não podemos fazer é calar-nos.
Não se pique tanto... é apenas uma forma de reflectirmos sobre os ( muitos ) nossos activismos de sofá...
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