Vê-se e não se acredita. Estão sem oxigénio, às portas da morte e, ainda assim, ficam furiosos com ela por lhes perguntar se querem falar com alguém da família. Não acreditam que estão com Covid porque acham que isto do Covid é tudo uma tramóia. Explicam-lhes que estão com Covid, mostram-lhes o resultado dos testes, explicam-lhes o que se passa -- e eles não acreditam. Não conseguem respirar e preferem acreditar que estão com pneumonia ou com cancro do pulmão. Qualquer coisa menos Covid.
A Governadora lá do sítio gabava-se de que por lá andavam todos felizes pois ela respeitava a sua liberdade: queriam ajuntamentos? Pois ajuntassem-se. Queriam andar sem máscara? Pois, que andassem. Covid? Qual covid, a malta quer é liberdade.
Coloquei a opinião da Governadora no passado pois não quis aceder a uma entrevista na CNN pelo que não se sabe se já cortou os pulsos perante a devastação que a sua burrice causou ou se ainda vive em negação.
É um problema, a burrice.
Ouça-se o que a Enfermeira diz da sua cidadezinha. Ouça-se. E espantemo-nos com a burrice dos que continuam a achar que andar de máscara é uma chatice, que o distanciamento é uma maçada, que a malta deve poder andar na boa, como antes da pandemia.
E rezemos a todos os santinhos -- a todos! -- para que um estafermo como Trump ou Bolsonaro ou André Ventura nunca se achegue, cá pelo burgo, a um lugar onde possa mandar. Livra!
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