quarta-feira, janeiro 22, 2020

Nós, as mulheres.


No sábado carreguei não um piano mas quase. Uma secretária pesadésima. Foi às postas mas era com cada posta... E não fui só eu que carreguei. E nem fui quem carregou as partes mais pesadas, nomeadamente a cadeirona que, não fazendo parte da secretária propriamente dita, faz quase e pesa mais do que um automóvel até porque, para automóvel, só lhe faltam os outros assentos porque tem quatro rodas e uma carroçaria que vai lá, vai. Mas o meu corpinho feminino e frágil só dá para camponesa, não para carregadora. Isto no sábado. No domingo à noite, com o vendaval, quase se desprendeu uma coisa de metal do prédio de tal forma que chamámos o bombeiral. Mas isto depois do meu marido se debruçar da janela para tentar laçar a dita coisa e eu ficar a puxar-lhe pela camisola para evitar que ele se despenhasse do décimo segundo andar abaixo. Um frio do catano, uma ventania gelada, e eu, ali, exposta aos elementos. Conclusão: cá estou, de novo, com um torcicolo. Podia tomar um ben u ron, lá isso podia mas não seria a mesma coisa. Portanto, optei por pôr aquele saco de caroços de cereja em cima do aquecedor e, uma vez quentinho, aqui a fazer conchinha entre a nuca e o ombro. Se estiver assim, aconchegadinha, não me dói mas o pior é se tiver que que me esforçar. Hoje estive a falar com um cavalheiro que mede cerca de dois metros e o ter que estar durante horas com o pescoço alçado piorou a minha condição.

E tenho aqui um tema relacionado com a Isabel dos Santos para dissertar about mas estou a ver a Prova Oral, perdida de riso, e não consigo pôr-me suficientemente séria para isso. Nem para isso nem para responder ao comentador chato de ontem. Só me apetece rir com esta maltósia: Alvim, Xana, Salvador, Bruno Aleixo e, como surpresa o clone do Sócrates. 

Bem, enquanto tento recentrar-me, partilho um vídeo que mostra como somos nós, as mulheres. Todas assim. Todas. A toda a hora. E se há aí alguma mulher que o não seja, acho bem que se sinta uma triste excepção. E se há por aí um homem cuja mulher não seja assim, pois saiba que teve pouca sorte. Saíu-lhe a fava.

Nós as mulheres

(O vídeo pertence à série 'vós as mulheres' mas como quem vos escreve, neste momento, é uma mulher, tenho que dizer 'nós')


NB: Há mais do que uma mulher no vídeo pelo que nada de juízos precipitados.

2 comentários:

Lucy disse...

Olá UJM,"um frio do catano" é do norte :).
Um abraço quentinho.
Lucília

Um Jeito Manso disse...

Olá Lucília,

Eu sou uma mulher do norte, do sul, do este, do oeste e do centro. Ou seja, sou uma cidadã do país, quicá, mesmo, do mundo...!

E está frio aí por cima, não?

Abraço também para si, e quentinho, claro que, como este briol, tem mesmo que ser!