terça-feira, dezembro 31, 2019

Na despedida de 2019





Não consigo agora escrever muito nem agradecer individualmente a quem, tão generosamente, deixou os seus votos quer em comentário quer por mail. Abri apenas uma excepção mas mais, por agora, não consigo.  O meu dia tem sido muito atarefado e agora tenho que me despachar, até porque já estou um bocado atrasada. Voltarei em 2020 e talvez consiga deixar uma palavra a cada um. 

Mas, antes que 2019 acabe, apeteceu-me vir aqui deixar um abraço a quem me visita. Enquanto escrevo, vejo pelas estatísticas que estão, neste momento, oitenta e duas pessoas a ler o blog. Nunca se sabe quem nos lê nem como as nossas palavras são interpretadas por cada um.

Ter um blog é, para mim, um exercício de prazer, de partilha, o usufruto de um espaço onde gosto de fazer o que me dá na gana. Ficarei feliz de conseguir chegar até quem por aqui me acompanha, estabelecendo laços que gostaria que fossem de estima.

Para quem não me conhece posso ser um ser abstracto que, por aqui, vai dizendo umas coisas, mostrando algumas fotografias que faz, coisas assim, mas, na realidade, sou uma mulher de verdade. E, como tal, sou uma pessoa com sentimentos que, por razões que a mim própria me parecem difíceis de explicar, se põe com saudades de quem por vezes desaparece, com preocupações quando sente que, aí desse lado, há alguém que não está muito bem, ou que fica feliz quando sabe que quem andava desaparecido afinal reapareceu e está bem ou quando leio palavras em que me revejo noutros blogues sentindo misteriosas afinidades com quem as escreve. 

O ano está a chegar ao fim. Nada de mais. O tempo é uma linha contínua e não um conjunto de segmentos. Mas o tempo é mais do que isso, é, na verdade, mais do que uma linha. O tempo é o espaço que habitamos, é a realidade intangível, omnipresente, omnipotente, omnisciente, que nos conduz. Que saibamos viver nele o melhor possível é o que é importante. 

Não gosto de guerras, de intrigas, não sou de me prender em minudências, não sou de curtir fossas ou de carpir. Sou mais de 'bola para a frente' e logo se vê. Gosto de me deslumbrar, gosto de estar bem com os outros, gosto de paz.

O mundo está estúpido e há demasiada gente inculta, ignorante e bruta em lugares de poder. Mas sempre houve, não temos o exclusivo da experiência. Temos é que conseguir manter a coluna direita, a consciência limpa, a mente aberta, o coração disponível.

E que, no meio disto tudo, consigamos ir vendo a beleza e sentindo a felicidade de estarmos vivos.

E é isto.
Estou a escrever à pressa, estão a chamar por mim e acabo por nem ter cabeça para alinhavar melhor a prosa. Mas se calhar também não preciso de dizer muito mais. Tudo o que se diga são palavras. Mas, para além das palavras, há os gestos. E eu agradeço-vos de coração a vossa simpatia e companhia aí desse lado bem como o vosso gesto de chegar até mim, mesmo que não vos conheça nem consiga dizer o vosso nome ou dar-vos um abraço.

Até já.

2 comentários:

Gina disse...

Até já, UJM. Boas entradas e bom no resto. Beijos.

Um Jeito Manso disse...

Olá querida Gina,

Que continuemos a acompanhar-nos por aqui: será bom sinal. Um excelente 2020 para si, Gina. Continue genuína, excentrica e deliciosamente criativa. E com saúde e alegria.

Beijinhos!