domingo, março 11, 2018

Que nuvens eram aquelas que neste domingo fugiam do mar?





De manhã fomos andar perto do mar. Perto é como quem diz. Fomos andar cá em cima na estrada. Mesmo assim, apenas pudémos andar ali porque estava a maré vazia. Se estivesse maré cheia não ousaríamos. Está cheia de areia. Deve ser a força do mar que a traz da praia até cá acima. 

Praticamente ninguém. Um carro dos bombeiros e outro da polícia marítima asseguravam que ninguém se aventurava para o areal ou para os pontões.

Estava uma ventania quase insuportável e fazer fotografias assim é muito complicado. Algumas fotografias foram feitas sem perceber se estavam bem, focadas ou bem enquadradadas.

Poucas gaivotas se afoitavam a andar no meio daquele vendaval e eu queria apanhá-las voando contra a inclemência dos ares e dos mares. Mas apenas em duas o consegui. Disparava quase sem ver.


O mar grande, as ondas nascendo lá bem longe, enormes, fortíssimas. E rugia avassaladoramente, o mar. Um rugido feroz e permanente.


E assistimos ao fenómeno que se pode observar na fotografia acima. Tal a força do mar, quando as ondas batiam no areal formavam uma espuma densa, quase sólida. E esses flocos brancos vinham rebentar na areia, voando de seguida, areal afora e pelos ares, chegando até cá acima.

Mas foi uma caminhada muito curta, a nossa. De repente o céu escureceu, um azul profundo e quase assustador. O vento cresceu. E, então, a chuva veio forte e nós acolhemo-nos.

A seguir fomos à procura de um bom peixinho. Não sei onde o pescaram que, com o mar assim, os pescadores não podem sair. Talvez tenha vindo de outras paragens. Mas era bom, sabia a mar. Quando o vimos pareceu-nos grande demais. Afinal, o ar bravo do mar e a intensidade indomável da ventania tinha-nos aberto o apetite e, no fim, concluímos: 'Olha... comeu-se'


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