quarta-feira, fevereiro 07, 2018

O pénis de Trump. As mãozinhas de Trump.
(Does size matter...?

[E, a despropósito, a pilinha-leiteira do António Lobo Antunes no Palácio de Belém]



Um artista quase à altura do Bruno de Carvalho. 


Sobre o tema não tenho inspiração suficiente. Posso apenas dizer que acho mais piada a homens com mãos grandes. Se vejo um homem com umas manitas de boneca fico um bocado descoroçoada pois intuo que não está ali o valentão que se anunciou. Não sei. Preconceito, talvez. Um homem de bom tamanho, voz grossa, armado em bom e a gente olha e repara que as mãozinhas parecem as de uma pequena Barbie. Mas pronto. Se calhar não quer dizer nada. Sei lá de que tamanho eram as mãos do Tarzan. E quem diz o Tarzan diz outros.

Agora veja-se. Se este meu preconceito é com as maozitas, imagine-se com o resto. 

Pezinhos de bebé num corpanzil de gigante, por exemplo. Não sei. Não acho graça. Fico apreensiva. Parece que tem que haver proporcionalidade. Não sei. Pezinhos de pequena bailarina num corpalhão de atleta olímpico, já viram. Parece que não augura boa coisa. 

Ou com outras coisas.

O coração, por exemplo. Um homem leaozão e vai daí e a gente repara que tem um coraçanito de peixe, pequenino, quase invisível. Não sei. Capaz de não ser bom indício. Homem que se quer homem deve ter coração grande. Mas pronto. Deve mesmo ser preconceito.

Agora, preconceituosa como sou, imagine-se com o resto.

Mas pronto, lá está. Racionalizando. De facto, não interessa (muito). Há outros atributos. Especialmente se for coisa 3D. Não é só o comprimento: é também a largura e a altura. Por exemplo. Mas deixem para lá. Não interessa. É um não-tema.

Vejamos, antes, o testemunho de várias mulheres.

Atenção, homens. Ontem o tema era: homens, temos que falar. Agora é: homens, vamos lá a ouvir.


A prova de que o tamanho não importa?

Ei-la.


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Obtive a foto do tarado e narcisista bufão com a fita métrica (bufão como lhe chama Roth) no The Guardian.

Esta aqui já acima foi feita em Dusseldorf há coisa de um ano.

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PS: Ok, não vem a propósito deste post mas deixem que aproveite o ensejo para dizer que folgo em saber que o apelo a que os homens se cheguem à frente e contem as suas experiências de assédio está a resultar. De forma bastante gráfica e perante uma ilustre plateia, António Lobo Antunes contou como foi assediado por um professor de Moral. Não agora. Não quando era peludo como o Cid -- mas, na verdade, quando era pequeno e ainda não sabia algumas coisas sobre o seu corpo. Parece que os padres e os professores de Moral são danados para a brincadeira. Mas, enfim, não vi nenhum estudo estatístico pelo que mais vale não me aventurar por terrenos arriscados.