sexta-feira, fevereiro 16, 2018

E lojas muito bonitas, muito bem arranjadas, com muita pinta...
[Quarto de 7 posts sobre Vila do Conde]


Não posso dizer que, o que vi, tenha achado a bom preço. Por acaso, não. Sempre que alguma coisa me chamou a atenção e aproximei o meu olhar crítico, achei puxado.

Até o meu marido que não é dado a compras, ao passar por uma loja com roupa de homem com muito bom ar, se aproximou para ver melhor e, de seguida, logo se afastou: 'Uns preços...'. De facto. Mas, na volta é bom. Quero dizer: se calhar, ainda bem que assim é. Desestimula o consumismo. Em Lisboa com zaras, mangos, parfois e quejandas... e tudo giro e barato... havendo poder de compra e ocasião para usar, até custa deixar para trás. 

E digo isto de haver ocasião para usar porque penso muitas vezes que, um dia em que eu deixe de trabalhar e passe a ter uma vida mais doméstica e pacata, pura e simplesmente deixo de comprar roupa e bijuteria. Para usar onde? Em casa? Para ir fazer uma caminhada? O que tenho chega-me bem até ao fim dos meus dias e isto mesmo que viva para lá dos cem. É como com livros. Nem que viva outro tanto relativamente ao que já vivi até hoje, acho que não daria lidos todos os meus livros. Mas aí acho que vou continuar a comprar porque ler é alimento e estimulo a viver ainda mais e melhor e custa a gente fechar a porta da cabeça a alimento fresco e variado. Agora a porta da vaidade fecha-se sem pestanejar. 

Mas, enfim, isto para dizer que com valores como os que aqui se praticam as pessoas têm que pensar duas ou três vezes antes de comprar só porque sim.

Mas é um regalo para os olhos, lá isso é.