domingo, setembro 10, 2017

Aquela minha teoria de que os membros dos casais, com o tempo, se tornam parecidos.
[5º de 5 posts]





Tenho esta teoria que, com o meu espírito vagamente científico, tento comprovar. Estando na praia, sentada, sossegada, é como se estivesse perante um campo de observação. Ou na maneira de andar, de vestir ou, por vezes, mesmo fisicamente, olha-se para um e vê-se alguém que parece dar ares ao outro.

Se um é muito arrumadinho na maneira de estar, o outro é do mesmo género. Se um é todo floreadinho, o outro não destoa. Se são descontraídos, são os dois. 

Talvez seja algo de indefinido ou que, caso a caso, se consubstancia através de parecenças ou afinidades. Mas olho para eles e vejo quando é que a coisa funciona como casal ou nem por isso. 


E é engraçado como mesmo de costas e mesmo na praia, com pouca roupa, se consegue perceber o companheirismo, a sintonia, a convergência de gostos, o passo acertado.


Se calha serem atilados ou compenetrados, são os dois. Se são desconstruídos, são os dois. 


Não sei como é que com tantos milhões de pessoas, os que virão a formar um casal se descobrem um ao outro e como é que, tendo-se descoberto, se vem a confirmar que foram, de facto, feitos para se completarem, para serem o esteio um do outro. Poderiam nunca se ter conhecido e nem suspeitarem da existência desse outro alguém que viria a dar forma e conteúdo à sua vida. Mas, encontrando-se, parece que arranjam maneira de se ajustarem, seja de uma maneira mais explícita ou mais implícita.

Enfim, ideias que me ocorrem neste meu dia que, apesar de ser um simples sábado, foi vivido como se fosse de puras férias.

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Desejo-vos, meus Caros Leitores, um belo dia de domingo.

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