quarta-feira, setembro 06, 2017

Ah agora é a Microsoft que leva as pessoas a passear...? A Seattle...? Não... não acredito...
[Deixem-me, antes, ficar com a Sarah Ikumu]


Já aqui perguntei, quando foi da Oracle ou da NOS ou da GALP e tenho ideia de também outra, se seriam só essas empresas a levar a malta a passear. 


Pergunta retórica já que, na altura, dizia eu que todas as grandes empresas (tecnológicas ou não-tecnológicas) têm por hábito obsequiar os clientes, fazendo-os sentirem-se importantes, proporcionando-lhe experiências agradáveis (idas ao estrangeiro, bons hotéis, bons programas, por exemplo). E, na altura, disse que os exemplos são às mãos cheias. Não há cão nem gato que não conheça meio mundo à borla. Caímos numa mesa redonda aí numa cena qualquer e, quando chega o momento da conversinha auto-promocional, toda a gente gosta de se mostrar viajado. É ver todo o mundo a falar, com alguma displicência para disfarçar a cagança, de quando foi aqui e acolá -- e eu a perceber: foi levado pela empresa A, depois pela empresa B, etc. 

Read my lips: digo-o com conhecimento de causa apesar de eu nunca ter aceitado nenhum dos diversos convites que, ao longo da minha vida profissional, tenho recebido.

Ouvi dizer que agora as atenções estão centradas na Microsoft. Ui. Se forem ler as listas de convidados desta ou de outras empresas do género vão ter muitas primeiras-páginas. 


E mais não digo. Até porque não há muito a dizer. Havendo quem queira agradar (ou olear os circuitos de decisão) e havendo quem goste de receber agrados, o que não faltam são circunstâncias em que as vontades se encontram de forma virtuosa. Ou deveria, antes, dizer viciosa...?

É o que vos digo: a ida à bola do Secretário de Estado Rocha Andrade é um insignificante amendoim no meio deste arreigado hábito.

E digo-vos ainda outra vez o que já disse antes: não é pior se for um elemento da Administração Pública a ir passear (ou almoçar ou a ir à Luz ou a Alvalade ou ao Dragão ou ao NOS Alive ou whatever) à borla. Se vamos por aí, a coisa é a mesma seja o aproveitador alguém que trabalha para o Estado ou para empresas privadas. 


Mas, enfim, não tenho pachorra para falar mais disto até porque fico com a sensação que a maior parte das pessoas vive num mundo ilusório, desconhecendo o que se passa no mundo real onde tudo se compra e se vende e fazendo grande filmes quando descobrem banalidades, confundindo a árvore com a floresta, e só contribuindo para a poluição intelectual que entorpece o pensamento global.

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Em dia ainda mais atípico que muitos outros que me tem sido dado experienciar, não tenho disposição para relatar as múltiplas parcelas que o compuseram.

Assim, depois do desabafo acima, nada mais me apetece aqui trazer senão os vídeos que aqui partilho.

Num, Sarah Ikumu, uma menina de 15 anos revela ter uma espantosa potência vocal.
Vejam, por favor, pois é notável.


E continua...


Ouviremos falar dela

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Quanto ao outro vídeo que aqui tinha, nada a ver com música ou concursos, acabei de me arrepender. Vou, antes, fazer um post autónomo sobre ele.

Ou ainda hoje -- se acordar -- ou amanhã. Se amanhã, gostava de conseguir até à hora de almoço mas não sei se consigo. Logo se vê.