Post começado a escrever quando a noite ia alta e, na altura, deixado inconcluso por manifesta incapacidade da autora.
Ou seja, o que aqui agora se verá foi despachado em duas tomas.
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Enquanto há bocado dissertava sobre a perversa cabecinha do algoritmo da Google que traz aqui para o UJM, este verdadeiro local de culto e santidade, tudo o que é gente com comportamentos desviantes e que me subverte o espírito altamente intelectual do espaço -- nomeadamente colocando no top das estatísticas das palavras-chaves coisas tão reveladoras como 'cátia palhinha sem cuecas' -- estava a dar na televisão um programa fabuloso. Só por, na altura, estar a dormir um sono profundo é que não prestei a devida atenção. E, como me mantenho ferrada, continuo incapaz de dar uma para a caixa.
Enfim. Conto.
Ou tive um pesadelo ou a coisa passou-se mesmo: três cromos num único programa.
José Gomes Ferreira, tentando arranjar quem desvalorizasse os dados sabidos sobre o défice, coisa tão baixa que há décadas não se via nada assim, abriu a gaiola e trouxe dois passarões cujas capacidades cognitivas são questionáveis, tudo com o objectivo de lançar um manto de descrédito sobre as políticas de Mário Centeno.
Ou tive um pesadelo ou a coisa passou-se mesmo: três cromos num único programa.
José Gomes Ferreira, tentando arranjar quem desvalorizasse os dados sabidos sobre o défice, coisa tão baixa que há décadas não se via nada assim, abriu a gaiola e trouxe dois passarões cujas capacidades cognitivas são questionáveis, tudo com o objectivo de lançar um manto de descrédito sobre as políticas de Mário Centeno.
Ou seja, lá estava o par de jarretas: o quarto irmão Marx, de seu nome César das Neves, e a cassandra Medina Carreira.
Ora, está bom de ver que o quadro estava incompleto. Ou seja, para a coisa ficar composta, devia lá ter estado uma mulher. No mínimo uma. Por estas e por outras é que eu sou a favor das quotas. Não havendo, é isto: três estarolas juntam-se à volta da mesa e falam, falam, falam e não dizem nada, só bolsam conversas já cheias de bolores, aqui e ali condimentadas com pitadas de bolas de naftalina. Uma azia.
No entanto, a bem da verdade uma coisa devo eu dizer. Pode ser maluco mas completamente parvo o César das Neves não é.
Portanto, cheio de senãozinhos e de uma mal disfarçada acidez no estômago, quiçá até um certo refluxo, lá disse ele que ter um défice baixo é bom. O pior mesmo são os mas. E há-os de toda a espécie, enumerou-os ele -- e, conhecendo-se-lhe as tendências marianas, tenho para mim que, na santa cabeça da quase eclesiástica figura, só mesmo com uma nova aparição é que isto lá ia.
Ora bem, dizia eu que faltava ali uma visão feminina. Mas não de uma qualquer.
O que faltava ali mesmo era a visão imparcial e moderna da grande banqueira do povo, a presciente vendedora do Borda d'Água em formato Cozinho dívidas para o Povo: a grande e celebérrima Teodora Cardoso.
Ah, a falta que ela ali fez...!
O que faltava ali mesmo era a visão imparcial e moderna da grande banqueira do povo, a presciente vendedora do Borda d'Água em formato Cozinho dívidas para o Povo: a grande e celebérrima Teodora Cardoso.
Ah, a falta que ela ali fez...!
Milagres...? Havia de ser Dona Teodora e inteligente Das Neves, à vez, a ver quem invocava mais milagres. Défices...? Aí juntar-se-iam os marretas todos, numa desgarrada, a ver quem invocava mais desgraças e cataclismos.
Aliás, antevejo tal animação que até proponho que, em volta deste círculo quadrificado, se instalassem, em plateia, comentadores dos comentadores. Aí poderia estar um círculo invertido: Helena Matos, Raquel Varela, Carla Hilário Quevedo e João Miguel Tavares. Seria o delírio.
Claro que poderíamos ainda pensar num 1º e 2º Balcões, cheios de comentadores dos comentadores dos comentadores. Todos a anunciarem calamidades, pestes bubónicas, pragas de gafanhotos, hecatombes, erisipela nos dias ímpares, ataques de espirros nos dias pares, erros de ortografia em barda, o fim dos tempos. Em suma: uma festa.
No final, tal a excitação, fariam todos um moche ao Gomes Ferreira e, nesse instante, a produção faria cair confetis, e serpentinas voariam pelos ares. Se ainda fosse moda, até imagino que se fizesse ouvir um coro de vuvuzelas. Tudo a bem da qualidade da televisão em Portugal.
(E não me pronuncio sobre a tristeza que é aquela malta defecar de alto para a verdade dos factos ou para a racionalidade da análise da realidade porque começo a convencer-me que eu é que ando com o passo trocado. Às tantas isso não interessa mesmo para nada, isso é coisa datada, fora de moda.)
E queiram agora aceitar o meu convite e descer até ao post que se segue no qual exprimo a minha admiração pelas palavras que trazem os leitores até mim, nomeadamente, 'Cátia Palhinha sem cuecas'.
Aliás, antevejo tal animação que até proponho que, em volta deste círculo quadrificado, se instalassem, em plateia, comentadores dos comentadores. Aí poderia estar um círculo invertido: Helena Matos, Raquel Varela, Carla Hilário Quevedo e João Miguel Tavares. Seria o delírio.
Claro que poderíamos ainda pensar num 1º e 2º Balcões, cheios de comentadores dos comentadores dos comentadores. Todos a anunciarem calamidades, pestes bubónicas, pragas de gafanhotos, hecatombes, erisipela nos dias ímpares, ataques de espirros nos dias pares, erros de ortografia em barda, o fim dos tempos. Em suma: uma festa.
No final, tal a excitação, fariam todos um moche ao Gomes Ferreira e, nesse instante, a produção faria cair confetis, e serpentinas voariam pelos ares. Se ainda fosse moda, até imagino que se fizesse ouvir um coro de vuvuzelas. Tudo a bem da qualidade da televisão em Portugal.
(E não me pronuncio sobre a tristeza que é aquela malta defecar de alto para a verdade dos factos ou para a racionalidade da análise da realidade porque começo a convencer-me que eu é que ando com o passo trocado. Às tantas isso não interessa mesmo para nada, isso é coisa datada, fora de moda.)
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E queiram agora aceitar o meu convite e descer até ao post que se segue no qual exprimo a minha admiração pelas palavras que trazem os leitores até mim, nomeadamente, 'Cátia Palhinha sem cuecas'.
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