quinta-feira, janeiro 26, 2017

Podem chamar-me alienada à vontade.
(Na companhia de Bach e Shakespeare ia por-me a dedicar atenção a um láparo mal resolvido...? É o ias.)



Não me apetece falar do tonto do láparo, cadáver político adiado que por aí anda lançando a confusão. Não gosto muito de tripudiar em cima de pobres coitados que não medem o que dizem e que vivem dando tiros nos próprios pés. Claro que poderia regozijar-me com as maluqueiras do dito láparo que mais não faz do que fazer unir ainda mais os partidos que apoiam o governo bem como reforçar os apoios dos so called parceiros sociais em torno do governo.

Ou seja, com um Presidente da República solidário com o Governo, com a Concertação Social cada vez mais concertada e com a geringonça estruturalmente mais madura, o láparo é o idiota útil que une e fortalece os seus adversários (e torna adversários os que, em tempos, o apoiavam) e, na prática, apenas prejudica o partido que dirige.



Portanto, eu podia falar disto. Mas não estou muito para aí virada.

Não sendo dada a práticas católicas, sou, contudo, como muito bem sabem, uma alma pia e generosa. A caridade espicha por cada um dos meus poros. A bondada transparece do meu semblante, do meu olhar, dos meus gestos. Sou assim. Boazinha, boazinha, boazinha. Na verdade, santa em vida.


Quando o láparo era um perigo para o país, sentia-me motivada para denunciar os seus maus propósitos, para o desancar por ser tão incompetente, tão reverente perante os fortes, tão castigador para com os fracos, tão néscio que parecia não compreender sequer o impacto das suas estúpidas decisões. Agora, assim, vendo-o desorientado e em permanente exercício de autofagia, o meu coração comove-se perante tão destituída criatura. Ou melhor, todo o meu ser se mostra cheio de piedade pelo infeliz, ou melhor, pelo desinfeliz (e digo desinfeliz porque parece que a tão desconexa figura só palavras parvas e sem sentido assentam bem)


Assim sendo, com vossa licença, depois de, nos dois post abaixo, já ter desabafado em forma de vídeo (Trump oblige), volto a dirigir-me para o mundo das coisas boas pois é aí que me sinto em casa.

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Interpretações de Bach




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Shakespeare - Soneto 130



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. Aqui já acima, temos Stephen Fry a ler o soneto 130 de Shakespeare ‘My mistress’ eyes are nothing like the sun’

. Sobre o primeiro vídeo, de AlexDirk Freyling,  transcrevo o texto que o acompanha no Vimeo:
My friend Maximilian is a cellist. I was wondering how Bachs famous "Toccata und fuge d-moll" played on the cello sounds. I arranged several setups. He played Bach all day long in different locations. The short film shows a few of those Bach-sets. Tanja plays the muse. I intend to use scene-fragments of the "Bach play" as part of a documentation about my point of view regarding contemporary art. I relate to the 20.century Expressionism.
. As fotografias são do National Geographic

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E caso queiram imergir no mundo Trump queiram ir deslizando por aí abaixo. 

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1 comentário:

O Puma disse...

Admito que um dia só falaremos de gente séria
Estou preocupado com a proliferação de Coelhos
nas serras para alimento dos linces
que se querem protegidos

Bj