quinta-feira, janeiro 05, 2017

E sobre os sms do Domingues, não vai nada, nada, nada...?
NADA.
E sobre a jeiteira que o Centeno tem revelado para lidar com caldinhos destes, também não vai nada, nada, nada...?
NADA.




Não ando para muitas conversas e, muito menos, para comentar parvoeiras. 

  • Que o Centeno gere dossiers políticos com os pés é um facto, 
  • que dos dois Secretários de Estado que lhe conheço também, quando têm que gerir temas que deveriam ser geridos com pinças, os gerem à pazada é outro facto 
  • -- e que o flop António Domingues e todo o caso da nomeação de uma administração para a CGD só mostram que o Centeno é bom a gerir números ou a traçar estratégias e a segui-las mas um nabo a gerir temas que metem pessoas e respectivos egos, é outro facto.

Dizer mais o quê? Nada.

Se há alturas em que um chefe tem que se chegar à frente e suprir as lacunas dos subordinados, esta é uma delas. Costa tem que se chegar à frente de cada vez que o Centeno se ensarilha nestes assuntos. Caso contrário, é uma festa.

Claro que tudo poderia passar mais ou menos despercebido se o verdinho do Centeno tivesse pela frente um fulano low profile, que não se desbroncasse todo à primeira pergunta. É que este António Domingues, parecendo querer cultivar a imagem de um banqueiro excelentíssimo, é tudo menos discreto. É uma goela escancarada. Conta tudo: ele disse-me isto, eu respondi-lhe aquilo e eu, então, disse isto e vai ele e diz aquilo. 

Agora uma coisa é certa. Que, sempre que alguém vai ocupar um lugar qualquer público, deve fazer prova do seu património antes para que depois possa fazer prova de que não enriqueceu de forma inexplicável, acho óbvio.

Que essa declaração deva ser pública parece-me lamentável. Bem podem as vizinhas quererem espreitar para dentro da casa dos mais ricos para depois, entredentes, especularem pelas vielas como foi que eles enriqueceram  e depois, sonsas, disfarçarem e arvorarem-se em castas -- que a mim me dá igual. O património de cada um, em particular quando o obteve depois de uma vida de trabalho em organismos privados, não deve ser matéria susceptível de aparecer avacalhada na primeira página do Correio da Manhã ao lado de histórias envolvendo proxenetas e polémicas protagonizadas pela Luciana Abreu ou pela Cátia Aveiro.



Falo por mim e não tenho, certamente, património que se compare ao do Domingues: se algum maluco tivesse a ideia peregrina de me convidar para um lugar desses, eu não pensaria duas vezes: é o ias.
E não é apenas porque não me apeteceria ver o meu património exposto para que tudo o que é olho gordo salivasse: é, sobretudo, porque não me apetecia nem um bocadinho aturar a pelintrice mental daqueles deputados de aviário ou a arrogância pesporrenta de meninas com cara de más, armadas em implacáveis justiceiras. Não tinha pachorra. Juro que não.
Tirando isso, nada mais tenho a acrescentar. Poderia dizer que isto da Caixa tem sido, a todos os títulos, uma dor de alma e que para lá ir o manhoso do Macedo é sal em cima das feridas mas, francamente, não me apetece falar mais nisto. 

Se não se importam, acabo como comecei: com protagonistas de quem gosto mais do que dos do mau romance que envolve o Domingues ou o Macedo.


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PS: E nem me apetece falar no dinheirão que o Sérgio Monteiro, aquele artista dos tempos do láparo e da marilú de má memória, anda a ganhar há que tempos para não conseguir vender o Novo Banco nem por mais uma. Só espero que o totó do Costa do Bdp desista de o vender por tuta e meia a qualquer chinês mal enjorcado ou a qualquer fundo mal parido e que obrigue o dito Sérgio a devolver a dinheirama que tem andado a empochar. E se o totó do Carlos Costa não for capaz de ver isto (e não vai ser capaz pois todos já sobejamente lhe conhecemos a incapacidade de ver ou perceber o que quer que seja) pois que o Costa do Governo lhe dê um abre olhos. E se o António Costa o não conseguir, pois que o Marcelo, em vez de se limitar a atirar-se de mergulho para o Guincho, se atire também de cabeça para dentro desta caldeirada e ponha um ponto final nesta maluqueira de querer vender um banco bom como se fosse lixo de quinta categoria.



1 comentário:

bea disse...

Posto tudo o que se passa com a família portuguesa de políticos meio xalados, também prefiro os Simpson.