sexta-feira, setembro 23, 2016

Pode estar na moda mas, sei lá, parece que não fazem o meu género.
(Mas, atenção, do vídeo e dos manos gosto)
E uns pequenos apontamentos diarísticos.




Ora sim senhor. Aqui um pequeno desabafo, se me permitem.

Tenho já nem sei quantos mails dirigidos à ujm para ler e responder, tenho artigos que me têm enviado e que gostava de conseguir ler, nestes últimos minutos tenho estado a ouvir o telemóvel a dar sinal, estou a receber mails de trabalho como se não houvesse amanhã (e isto quando já é amanhã) e estou cheia de sono e a pensar que devia ir pregar para outra freguesia porque daqui a nada tenho que estar a postos.

E acabo de ler no meu horóscopo para este mês que as grandes alterações que venho defendendo há que tempos quer a nível quer a nível profissional vão acontecer simultaneamente, ultrapassando as minhas mais loucas perspectivas. E que eu mantenha a cabeça no lugar para poder aceitar propostas tão inesperadas quanto emocionantes.

E eu que estou a meio de um mês que se está a revelar louco, tão irreais são as situações que atravesso -- que nunca esperaria viver nem nos meus mais loucos sonhos -- penso que isto dos horóscopos tem graça.

A última vez que ali o li, para aí em Junho ou Julho, nem sei bem, dizia que me iam surgir situações inesperadas e que eu me preparasse para me ver perante desafios novos ou convites ou lá o que era. E, caraças, aconteceram mesmo e eu enfiei-me de cabeça, atirei-me para a piscina, e agora aqui estou, sem ter para onde me virar porque tudo me cai em cima ao mesmo tempo e me vejo em situações em que há uns dois ou três meses nem ousaria supor que pudessem acontecer.

É bom mas, caraças, é de loucos, inimaginável, tudo em excesso e tudo ao mesmo tempo.

Portanto, onde o tempo ou a cabeça para responder a mails com a atenção que merecem ou ler artigos grandes ou que, pela sua natureza, requereriam disponbilidade? 

Por exemplo. Pelo natal recebi um mail de um ex-colega, dirijindo-se-me como sempre se me dirige, Minha muito Estimada Amiga, desejando-me o que se deseja nessas ocasiões e aproveitando para me contar as ideias que tinha em mente. E eu respondi com agrado por sabê-lo sempre tão criativo e motivado. Pois bem, recebi há dias um mail dele contando-me que o seu projecto estava a andar, uma coisa extraordinária e que tem o suporte da universidade e investidores e etc. e envia-me o documento do projecto pois, diz ele, sabe que vou gostar de conhecer. E tem razão -- mas eu nesta vida... Quero conhecer, claro que sim, já espreitei e é uma coisa do além, quero ler com cuidado para lhe responder também com cuidado -- e, à noite, aqui chegada, penso que devia deixar o blog e ir ler o documento. Mas porque escrever me descansa e, a esta hora, preciso de descansar, opto pelo blog. Mas fica a pesar-me a consciência.

Ontem recebi outro mail de um que em tempos foi meu chefe, uma pessoa adorável, e envia-me um filme dizendo que espera que eu goste. Mas o filme é tão grande... O mesmo problema.

Sobrancelhas descoloridas
Em vez de me pôr aqui diligentemente a ler tudo isto que me enviam, ponho-me a circular pela bela vida, a preguiçar lendo horóscopos e outras frioleiras.

Espreito os outros blogues, gosto sempre de ver em que pensam ou a que dão atenção as pessoas que gosto de seguir. Tão coerentes. Tirando um ou outro que são capazes de me surpreender, há, na maioria, uma coerência sustentada que os leva a serem capazes de, dia após dia, se manterem no mesmo registo. Tão diferentes de mim.

Quando vejo que a maioria dos blogues se encaixa em categorias penso que deveria ser impossível encaixar o Um Jeito Manso onde quer que fosse. Mesmo se escrevo sobre impostos, apetece-me desalinhar aquilo tudo metendo-lhe fotografias a despropósito pelo meio.

O que pensarão desta bagunça os meus leitores? Em média recebo mais de mil visitas por dia e, portanto, devo ter leitores de toda a espécie e feitio. Alguns devem achar que isto não tem ponta por onde se lhe pegue. E o mais certo é que tenham razão.

Mas pronto, não era em nada disto que eu ia falar.

by Gucci
Ia falar do que tinha visto na Vogue Paris sobre as últimas apresentações, as novas tendências, o que estava a fazer furor.

E eu... old fashioned, eu que gosto de ser tratada com beija-mão, 'Minha muito Estimada Amiga' e outras delicodoces gentilezas, olho para aquelas sapatolas lá em cima, todas esporeadas, homens tatuados na cara, cheios de anéis e adereços dourados, mulheres com lábios decorados com cristais de rocha, rostos que parecem desenterrados e vestimentas e penteados que parece que saíram de uma revista de moda das que a minha avó trazia de casa de uma amiga que papava toda a espécie de revistas... e fico a pensar que ainda bem que isto da moda é doença passageira.



Bolas. Não é que não seja bonito... mas consegue-se comer alguma coisa com uma boca destas?
E haverá algum homem que se arrisque a beijar uns lábios destes?

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E, por hoje, é isto. A quem queira ver uma deliciosa entrevista (vão ver... para verem o entrevistador a perguntar à Hillary como será se, por acaso, ela ficar grávida...) e uns pequenos apontamentos meus, sugiro que faça o favor de descer até ao post seguinte.

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