terça-feira, junho 21, 2016

Porque é que amamos?
- Os filósofos respondem





No post abaixo deu-me para me fustigar. Pimba, pimba, pimba, eu quase em sangue. Não sei que coisinha má é que me passou pela cabeça para me pôr para aqui a falar de uma espécie que eu pensei que fosse rara mas que, afinal, começo a perceber que pulula por aí: os vencidos da vida, aquelas macambúzias criaturas que preferem ocupar os seus dias a enfiar a cabeça nas próprias vísceras enquanto
se afadigam na ânsia de auto-esmorecer,
de desfazer a alegria alheia,
de decapitar os que da vida tentam colher a felicidade
e que, de caminho,
vão soltar bílis nos blogs, contra quem se ri, quem fala em praias, quem fala em livros, quem não se queixa do amor,
para logo, acto contínuo, a seguir se desmancharem em migas, ehehehes, DDDD e smiles
e, tendo dinheiro para tal, irem moer a paciência a pscicoterapeutas, psiquiatras, quiçá até a tarólogas, cartomantes
ou, ok, Rita, lapso meu, tem razão, aos padres que as aturam em chatérrimas confissões.
Mas isso foi um vaipe qualquer que passou por aqui a alta velocidade. Neste momento, depois de, durante um bocado, ter trazido a meus braços o perturbado Harry (leio deitada, já o disse) e que volto aqui para mais uma inofensiva charla, já nem me lembro porque é que passei os meus delicados dedinhos por tão quezilentas e intragáveis criaturas. E vou, antes, dedicar-me a um tema mais ao meu gosto. O amor. 


Poderia escrever um tratado, eu. Aliás, se se derem ao trabalho de compilar os textos aqui dedicados ao tema, constatarão que estão na presença de uma cátedra, uma sofisticada pos-doc, um douto canhenho, uma sustentada teoria que muito bem poderia ombrear com a dos mais reputados deuses, vivos ou mortos, da Academia.

Ah, o amor. Tão bom o amor. Mas para quê? Sim, para quê o amor? E o que fazer quando o amor bate à nossa porta e nos invade as entranhas? Sim, o quê? Morgadamente procriar? E se já não der para tal... fazer o quê? Teorizar? Poetar? Filosofar? Ah, tantas dúvidas, tantas.

Pois bem. É para responder a estas e outras incandescidas questões que eu, desilustrada criatura, ouso socorrer-me dos mais ilustres gurus sobre o tema. E, atenção, não me refiro à Cristina Ferreira, ao Tony Carreira, ao Manuel Maria Carrilho ou à mais recente estrela pop, o pinga-amor Prof. Marcelo. Esses são uns práticos. Falo mesmo dos teóricos, que esses é que a sabem toda.

O texto que apresenta o vídeo que abaixo se mostra reza assim (e veja, Rita, como já me converti. Viu que até escrevi 'reza'?)
Ah, romantic love; beautiful and intoxicating, heart-breaking and soul-crushing... often all at the same time! If romantic love has a purpose, neither science nor psychology has discovered it yet – but over the course of history, some of our most respected philosophers have put forward some intriguing theories. Skye C. Cleary outlines five of these philosophical perspectives on why we love.
[Lesson by Skye C. Cleary, animation by Avi Ofer.]

Why do we love? A philosophical inquiry




Se algum dos Leitores tiver uma explicação filosófica mais inteligente do que as que aqui ficaram plasmadas, queira, pois, partilhá-la connosco. Agradecemos.
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As fotografias de um casal apaixonado são da autoria do fotógrafo Tomasz Laskowski e a Maria Bethânia interpreta o hino que todos os apaixonados deveriam conhecer: É o amor


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E para conhecer um mestre no tratamento do olho gordo, da dor de cotovelo ou de corno ou qualquer outro padecimento, queiram descer até o post que se segue. Muito útil.

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2 comentários:

Anónimo disse...

e porque dia 23 é dia de referendo - https://www.youtube.com/watch?v=37iHSwA1SwE


bob marley

P. disse...

Olá UJM!
Desde aquele comentário sobre o futebol que aqui não vinha. É que logo na manhã seguinte, partimos para umas férias, parte delas por cá e só regressámos Domingo à noite, 19 e como não levámos connosco computadores nem (eu) TLM com esse acesso, acabei por não ir seguindo o seu magnífico Blogue. E que produção! Já me pus ao corrente, desde esse dia. Excelentes Post tem vindo a publicar! Foram boas as férias, com apenas uma “queixa”: enquanto por cá andámos, sempre que entrávamos numa tasquinha ou restaurante, lá tínhamos de gramar com um jogo em cima (quse sempre), o que era bastante desagradável (para quem não tem a menor pachorra para essa porcaria do futebol…que ainda está para durar, para mal dos meus pecados!). Uma sugestão, de passeio, para um dia, se tiver paciência e tempo: ir até à “terra das cerejas”, ali para o Fundão e arredores (p.exemplo, Castelo Novo vale a pena). Além de boa cereja, “a sua terra de eleição”, é bonita, aquela Cova da Beira. Ou as praias do Norte, “onde o Inverno vai passar o Verão” (como em Moledo). Durante esses dias li um livro do João Ferreira do Amaral, que nem de propósito: “Em Defesa da Independência Nacional”, uma crítica bem elaborada à…União Europeia de hoje (subscrevo muito do que ele ali diz), isto quando se está á beira do referendo do Brexit. Sobre o tema do Post, “porque é que amamos”, ocorreu-me o que ouvi de um amigo, aqui há tempos. Contava-me ele: “sabes, gosto da Daniela como nunca gostei antes de outra mulher. É uma sensação que não te sei descrever. Sinto-me bem ao lado dela e apetece-me cobri-la de beijos, quando estamos a sós. Sinto uma enorme ternura por ela, que nunca antes tinha experimentado por outra”. E dizia isto com uma serenidade e um estado de alma que me surpreendeu, que me agradou. O amor talvez seja isso, ou seja, sentir por alguém aquele tal carinho especial. Não vi nele paixão, mas esse outro sentimento, de se estar apaixonado. O que é diferente (julgo). Enfim, vidas. Felizes. Ainda bem!
P.Rufino