sábado, fevereiro 20, 2016

Umberto Eco, Harper Lee -- a cotovia partiu em busca de uma certa rosa?
Parece que combinaram um encontro no céu, estão a partir em revoada.


Depois de uma noite aqui a escrever como se não houvesse amanhã, olho para a televisão e, perplexa, vejo a notícia: morreu Umberto Eco, o escritor dos muitos mil livros, dos infindos saberes. Mais um que se foi. De dia tinha sido a notícia da partida de Harper Lee. Agora Umberto Eco. Ainda há pouco tempo aqui o tinha tido: Umberto Eco rodeado de livros, signos e segredos. Nos últimos meses, uma razia.


Paro sem saber o que pensar. Custa a acreditar nisto: parece uma debandada. Um a um, escritores, arquitectos, músicos, parece que estão a sair deste mundo para se irem reunir num outro lugar, mais limpo, mais seguro para as artes e para o livre pensamento. Não sei o que é isto. Fico triste. Se isto continua, não sei como ficaremos nós, aqui, sem eles para nos mostrarem o caminho da simplicidade.


Umberto Eco entre livros [5 Janeiro 1932 – 19 Fevereiro 2016]


Uma biblioteca é um mistério. Há livros que nunca tínhamos lido e um dia dizemos: ‘Deveria lê-lo’. E quando o abrimos percebemos que sabemos tudo sobre ele. O que aconteceu? Existe uma explicação mágica segundo a qual, ao tocarmos um livro, o espírito de todos os livros viaja para a nossa mente. Outra explicação é: pensávamos que não o tínhamos lido, mas ao longo de 30 anos fomo-lo abrindo e lendo partes dele.  (  ...  )
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Umberto Eco: Conselho aos Jovens



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E, não encontrando entrevistas com Harper Lee, à falta de melhor (ou de mais tempo para procurar). escolho este vídeo:

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Uma estranha debandada.

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E, caso estejam para aí virados e com vontade de espairecer, queiram, por favor, aceitar o meu convite  e descer até ao amor feito flores cor-de-rosa suavemente perfumadas. 

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