quinta-feira, janeiro 14, 2016

Poderá acontecer-nos que depois de uma múmia tenhamos que aturar uma barata tonta?


Ando fora do mundo dito normal mas, de vez em quando, chegam até mim notícias da parvónia. Hoje (ou ontem?) vi na televisão, durante uns minutos, o ex-comentador Marcelo. Estava, em campanha, a dizer toda a espécie de anormalidades -- até a sair de uma funerária com filosofias baratas, a continuar rua fora, de boné, a distribuir larachas à esquerda e à direita, tendo como público alvo as senhoras derretidas que tiveram os seus cinco minutos de glória ao pisarem o chão que a vedeta televisiva também pisava. Riam, realizadas, trocavam sorrisos cúmplices umas com as outras (havia testemunhas do grande momento) e, secretamente, esperavam aparecer na televisão,


E o catavento lá seguia, também realizado, espalhando vacuidades pelo passeio, as televisões atrás.

Se os portugueses elegerem a criatura, é certo que elegem alguém muito diferente do Cavaco - mas não sei se é diferente para melhor. É que este pássaro está a sair-nos pior que a encomenda: é fútil, fala-barato, instável, populista, uma coisa a tender para o vendedor de banha da cobra. 

Da sonsinha não falo, não tem jeito. Do senhor do PCP, uma simpatia, também não falo. Parece que não sabe ainda qual o regime político daquela Coreia que está na mão do bolachudo maluco. A Marisa é uma lufada de ar fresco mas, cá para mim, ainda não poderá ser desta. Resta o Nóvoa? Pois, se calhar lá terá que ser mas, não sei porquê, parece que lhe falta ali qualquer coisa -- mas é capaz de ser deficiência minha, até porque não ando a acompanhar isto como deve ser.

Nos lugares por onde ando, cruzamo-nos nas estradas com grandes bois. Mas são civilizados, estes, não são como os das cidades: estes não buzinam, não ameaçam: olham-nos com tranquilidade e depois, educadamente, desviam-se. Admirei-me de não ver o Marcelo por estas bandas, na cavaqueira com os bois, quiçá até a inventar que também gosta de comer erva e que, quanto a cornos, também os tem e dos grandes, muuuu. Mas não, acho que ele não teria lábia que interessasse a estes seres sábios e serenos com quem hoje várias vezes me cruzei.

Um dos inúmeros bois que hoje vimos a pastar junto às estradas no Gerês (na zona de Castro Laboreiro e Peneda)
[Alguns andam nas próprias estradas e só não vos mostro uma fotografia em que um, imenso, está a passar mesmo encostado  ao carro porque se vê o meu marido (indiferente, como se fosse uma coisa normal. Aliás ainda gabou o boi por se desviar com a maior das naturalidades ao contrário  de mim, que estava toda entusiasmada a fotografá-lo (ao boi)]
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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela quinta-feira.

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