quinta-feira, janeiro 21, 2016

Ok Go -- e o Ney e uma das minhas gaffes para esquecer [Red Alert: Este post, em parte, não é de salão]


Ora bem. Depois de, no post abaixo, ter o Pedrão por quem o Índio estava pedradão (tenho que me concentrar na palavra Pedro porque, com Cabral, posso enganar-me*), sigamos para uma outra realidade. 

* Mas antes deixem que vos conte. Não é coisa fina, não é de salão, a sério que não, mas, com vossa licença, fechem os olhos que eu vou contar.
Sou meio despistada e, então, quando há alguma coisa que me dá vontade de rir e que eu quero evitar, é um problema. Ou se há qualquer coisa que quero ter em mente... outro problema: geralmente o resultado é o oposto do que quero.
O caso que vou contar é do segundo tipo. 
Temos um amigo que é um bacano, um bem disposto. Mas um desbocado. Ele e o meu marido estão bem um para o outro, sempre a precisarem de pimenta na língua. Houve uma altura que, quando nos juntávamos, púnhamos música brasileira -- a Gal, a Rita Lee, o Ney Matogrosso e outros -- alto e bom som e fazíamos coro com eles, cantávamos a plenos pulmões, dançávamos (excepto o pé de chumbo do meu marido, claro). Ora eles, ordinários, divertiam-se com trocadilhos parvos e, se os miúdos não estavam por perto, em vez de dizerem Ney Matogrosso, diziam Ney Mete o grosso.  
Uma vez, havia um concerto e íamos todos, incluindo os meus pais. Antes, fomos jantar e eu estava a todo o momento a repetir mentalmente: Ney Matogrosso, Ney Matogrosso - apesar de não ser eu que fazia o trocadilho, despistada como sei que sou, tinha medo de me trocar e armar barraquinha. 
Sentámo-nos, então, todos à mesa, miúdos incluídos (miúdos que já eram adolescentes, já entendedores) e vou eu, falando do cantor  saio-me com esta: 'Não sei quê, não sei que mais... o Ney Mete o grosso'. Ao dizer isto, fez-se o silêncio. Ficaram todos de boca aberta a olhar para mim, o meu marido estarrecido, os miúdos ainda mais, os meus pais de olhos esbugalhados e eu, ao dar pelo engano, apesar do embaraço, perdida de riso com a estupidez da situação. Ainda agora, ao lembrar-me da cena, estou para aqui já a chorar de rir. Que cena! Claro que o meu marido, só para me deixar ainda mais a fazer figura de parva, deve ter feito um ar chocado, escandalizado com a grosseria, e, ao ouvido, é bem capaz de me ter dito que não se pode mesmo confiar em mim. Coisa que, claro, me deve ter feito rir ainda mais.
Bem. Adiante. Episódios da minha vida que não abonam muito a meu favor. Mas, de qualquer maneira, o que vos digo que, por causa disto, ainda hoje evito dizer o nome do homem em público, com medo de novo deslize. Adiante, adiante.

Mas, então, vamos lá ao que aqui me traz. Gosto dos Ok Go. Já aqui os trouxe e hoje trago de novo. Gosto da boa onda, dos efeitos visuais, acho que o futuro está a passar por mim quando os vejo.




Vou mostrar-vos um vídeo que acho giríssimo e depois vou deixar-vos o link para o site interactivo onde poderão ver algumas cenas. Muita pinta, é o que vos digo.

OK Go - The Writing's On the Wall






E agora, se estiverem para aí virados, cliquem aqui e, quando entrarem no site, vão clicando nos números e depois escolham entre ver a cena no vídeo ou o behind the scene

(Gosto destas coisas, gosto mesmo)
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O filme do Descobrimento vem já a seguir.

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1 comentário:

Claudia Sousa Dias disse...

Cuidado com os trocadilhos maldosos (excepto com aqueles pessoas a quem não podemos ver nem pintadas) caso contrário o tiro acaba mesmo por nos sair pela...culatra.