quinta-feira, novembro 26, 2015

João Galamba vê-se cercado por João Almeida do CDS (formado em Direito), Miguel Sousa Tavares crítico do novo governo do PS (também licenciado em Direito) e José Gomes Ferreira, alter ego do Láparo (formado em Comunicação Social mas que se arma em Economista). Os três, à uma, atacaram, forte e feio, o João Galamba pelo que o Governo do PS ainda não fez em matéria de Economia (matéria em que ele, João Galamba, é formado)


Eu, se fosse ao João Galamba, não aceitava mais participar num número destes. Não é que não tivesse chegado para aqueles três que falam, alto e bom som e com o maior dos à-vontades, de matérias sobre as quais não estão habilitados - só que estava tão em minoria que mal o deixaram falar. De resto, com a falta de conhecimentos que têm na matéria, mesmo que ele tivesse conseguido exprimir-se capazmente, também não o teriam percebido. Nem estavam ali para o ouvirem mas, tão só, para se auto-ouvirem.

Pasmo com os critérios que presidem à escolha dos comentadores para estes debates que mais parecem um circo. Esta comunicação social atenta contra a isenção da informação e, por tabela, contra os fundamentos da democracia, ao atirar para cima dos telespectadores tanta conversa balofa, tanta peixeirada, papagaiadas, bruá-ás, bla-bla-blas - em suma, desinformação em forma de espalhafato mediático.

Toda a conversa (pelo menos na parte a que assisti) girava em volta dos cenários macro-económicos previstos no que será o programa do Governo do PS. Ora, ainda o Governo não entrou em funções e já a SIC está a atirar três que são do contra às canelas dos socialistas - neste caso, 3 contra 1, uma coisa ridiculamente desigual.

E depois há aquele fala-barato que, com ar de esperto, fala como se percebesse alguma coisa que diz. Quem não o topasse pensaria que, dando-se aqueles ares, estaríamos perante um economista falhado. Mas, qual quê?, qual economista? Leio na Wikipedia o seguinte:
No seu tempo escolar, José Gomes Ferreira auto-caracterizou-se como "um aluno mediano a Matemática. Até tinha dificuldades para perceber equações"
Ora bem. Enquanto estudou matemática (não economia mas matemática, que é um dos principais pilares da economia) o artista em causa nem percebi equações -- e agora já se lhe meteu na cabeça que tem competência para discutir cenários macro-económicos.

O único ali que percebia de economia (e de contas) era o Galamba. Mas viu-se cercado por aqueles três que, sem saberem do que falavam, largavam 'bocas' de toda a espécie, acusando-o nem se sabe de quê.

Será que na SIC ninguém se enxerga? Ninguém percebe que gente destas e espectáculos pimbas destes afastam os telespectadores?

Quanto a João Almeida do CDS, coitado, acabado de sair de um desgoverno falhado, não se pode esperar muito dele e o Miguel Sousa Tavares, não sei se por efeito da influência mulher se do compadre, parece que anda um bocado confundido. Depois de criticar anos a fio o governo PSD e CDS agora parece que está com saudades. Diz-se e contradiz-se sem grande coerência, uma conversa quase desarticulada.

Uma desgraça, esta televisão. Não tirei fotografias deste circo porque estava a jantar.

No post seguinte já falo do que apanhámos no outro canal quanto fugimos a sete pés da SIC: um outro número rocambolesco.

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Entretanto, enquanto acabo de escrever isto, o meu marido pôs-se a fazer zapping e não é que foi dar com o mesmo José gomes Ferreira a entrevistar o Catroga...! Imaginem bem quem ele foi desenterrar...? 


Aquele Cavaquista empedernido -- que se pela por dinheiro como macaco por banana -- para ali está a papagaiar a narrativa que os pafs inventaram, e o outro a babar-se enquanto ouve a história da carochinha pelo troca-tintas-mor que se andava a gabar que o programa da troika quase tinha sido feito por ele para depois, quando a coisa deu para o torto, lavar as mãos como se nem soubesse de que é que se estava a falar. Pois bem: foi este sujeito -- que vai para onde for preciso desde que ganhe o dele (e que seja qualquer coisa com muitos zeros à direita, que ele gosta de ter as continhas bem recheadinhas) -- que a SIC foi buscar para aqui estar a causar orgasmos mentais ao José Gomes Ferreira. Não há paciência. Qualquer dia faço com a SIC o mesmo que fiz com o Expresso: nem mais um tostão para o Balsemão. 

3 comentários:

Fernando Ribeiro disse...

O único programa de debates que eu suporto, mas que nem sempre vejo (hoje não vi), é o "Sem Moderação", um programa que é só semanal e que passa no Canal Q, das Produções Fictícias. Tem a participação habitual de Daniel Oliveira, João Galamba, José Eduardo Martins e Francisco Mendes da Silva. Não há nenhum jornalista a "moderar"; é um dos participantes que modera os restantes, à vez. Eles discutem por vezes acaloradamente, mas quase sempre de uma forma civilizada. Até o José Eduardo Martins, do PSD, que nos debates nos outros canais é insuportavelmente cínico, no Canal Q procura ser um pouco mais simpático. De resto, quando o Daniel Oliveira não pode ir ao programa, costuma ir a Mariana Mortágua e quando o Francisco Mendes da Silva não vai, costuma ir o Diogo Feio. A primeira emissão é às quartas-feiras às 23 horas e depois há várias repetições. Pode consultar na programação do Canal Q, que está disponível em http://portalnacional.com.pt/util/tv/canal-q/.

Anónimo disse...

Não vi esse "cerco", passou-me de todo. Mas, acredito que o João Galamba tenha dado boa conta do recado. Ele francamente bom. E tem um à-vontade que desconcerta os opositores. E bem preprarado. Não tenho paciência nenhuma para a petulância do Sousa Tavares. E depois, nunca é capaz de ir além do trivial, comenta pela rama. Já cansa. O Gomes Ferreira, bom, esse é um caso perdido - há muito!
O tal programa de que o comentador Fernando Ribeiro fala é interessante, até pelo formato, sem ter um moderador. Eles são os moderadores, à vez. Vê-se bem.
P.Rufino

Anónimo disse...

Não vi o programa e, sinceramente, já agonia ver tantos e tão descarados "servidores do tacho" a manifestarem a sua verborreia nos debates (ou se calhar: DE BATES, como pretensamente os 3 a 1 demonstraram...). O que estará, sobretudo, em causa é a "vidinha". O MST tem de ganhar para o tabaco e o "Tio Balsemão", enche-lhe a mão... Dos outros (escroques) não me pronuncio.