quarta-feira, junho 10, 2015

Poesia e arte nas nossas vidas, papos de anjo para oferecer aos vizinhos, estender a roupa para se sentir normal, mitos urbanos forjados pelos jornalistas, nunca estigmatizar quem resolve emigrar, etc, etc, etc, e carapaus para o gato - ou quando assistimos, ao vivo e a cores, ao valor da palavra a tender para zero.


Meus Caros, as minhas desculpas por estar a ser repetitiva: no post abaixo voltei a dar largas à minha estupefacção perante o fenómeno Jorge Jesus & Bruno de Carvalho, uma dupla que só me faz lembrar os Monty Phyton, uma verdadeira dupla humorística. 

E aqui, agora, neste post, continuo no mesmo registo, o do incrível.

Li no Expresso e transcrevo alguns excertos não sequenciais:

Passos defende a poesia na vida, quer uma sociedade amiga das crianças, diz que nunca recomendou a emigração, fala da doença da sua mulher, faz saber que cozinha papos de anjo para oferecer aos vizinhos... Um homem novo ou um homem de novo em eleições? 


(...) Na última semana, Passos reabriu o “dossiê emigração” e desafiou duas vezes em dois dias que procurassem uma frase em que tenha recomendado aos jovens que saíssem do país. Mas fez mais. Disse que precisa de ter uma sociedade “muito amiga” das crianças; garantiu que o problema da sustentabilidade da Segurança Social não é “um papão”; defendeu mais licenciados no país; elogiou o “comportamento extraordinário” de profissionais de saúde; e sim, esta terça-feira falou de poesia. (...)
O mesmo Passos que, conta-se ainda na biografia, “cozinha papos de anjo no Natal e na Páscoa para oferecer aos vizinhos e que se refugia nas tarefas domésticas mais comezinhas, como estender a roupa ou pôr a loiça na máquina de lavar, para sentir um registo de normalidade”. 
Estas novidades no discurso de Passos não são coincidência com o período pré-eleitoral. “Ele está a ir a todas, está a fazer o que tem de fazer”, explica uma fonte do PSD que reconhece que a campanha, sendo da coligação, estará muito centrada em Passos Coelho, mais até do que nas políticas. “Ele é claramente a mais-valia da coligação”, diz a mesma fonte.  
......

Face a isto, falta-me a inspiração, não consigo dizer nada: não há palavras para este vale tudo, para este desprezo pela inteligência das pessoas, para este despudor, para esta desconsideração pelos eleitores.

Puxo, portanto, para o texto, as palavras de alguém que leio sempre com gosto: Ferreira Fernandes no DN. Fala ele a propósito do Passos Coelho ainda andar a desafiar os jornalistas a provarem que incentivou a emigração, num texto a que chamou A mim, Passos Coelho convenceu


A decisão de partir é um direito, e tanto o usarmos só prova que os portugueses sabem ser livres, mesmo em situações adversas. A questão é: aos governantes cabe propor aos portugueses o que fazer cá dentro, não anunciar-lhes que há alternativas lá fora. Um convite a partir é um insulto, é um empurrar para longe do nosso. Mas eis que Passos tomou a iniciativa de voltar ao assunto. Parece que a sua tática eleitoral é mostrar que vai em frente com a pertinácia dos que não têm vergonha. A mim convenceu-me.
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E, portanto, faltando-me as palavras, vou limitar-me aos bonecos. E, assim sendo, com vossa licença, vou aqui colocar um best of de um gesto muito instrutivo. Note-se que não tem nada a ver com o que acima se disse, nada, nada, nada. Alguma vez eu, moça educada, iria relacionar isto com o fofinho do láparo...? Jamais (ler em francês, se faz favor). Respeitinho é lindo e eu gosto. Portanto, que fique bem claro: a parte acima das estrelinhas tem a ver com um assunto e a parte de baixo tem a ver com outra.

Ou seja, concretizando: o que abaixo se mostra é sobretudo uma homenagem às Caldas, à linguagem gestual, e à extroversão como forma saudável de manifestar emoções. Nada, portanto, de estarem para aí com as vossas mentes perversas em acção, a pensar que isto é uma cena de tipo: 'Ai é?! Então, olha, toma lá!'. Claro que não. Nada, nada a ver - já disse.















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PS: Atenção: Tal como disse, as imagens nada têm a ver com o láparo, também carinhosamente conhecido por laparoto-papinho-d'anjo, mas tão pouco têm a ver com o super-judge Alex, esse nosso omnisciente e omnipresente deus na terra que nos deixa sempre de boca aberta com a prova da sua supimpa inteligência, perspicácia e coerência.

Esta última, de recuar e manter Sócrates em preventiva, foi das boas, vai ficar nos anais (diz-se anais, não diz? Bolas que esta língua portuguesa é mais traiçoeira do que eu sei lá o quê...): ganda judge, ganda decision! 

Mas olhem: nem tem a ver com ele nem, também, com o Rosarinho que tão bem sucedido tem sido na sua vida profissional, cada tiro, cada melro (mas só em sonhos, claro). Nada, nadinha a ver com qualquer deles, nada, nada, nada.

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E, já que estamos com um odor a eleições no ar, deixem que aqui deixe o Hino nacional definitivo 
- do canditado Vieira, claro (que, ao pé de uns que eu cá sei, tem até muita classe)


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E, por agora, fico-me por aqui.
Desejo-vos, meus Caros Leitores, um belo Dia de Portugal.
Alegria, minha gente.

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1 comentário:

Anónimo disse...

Ontem ouvi um fulano, desses comentadores de pacotilha, na rádio, enquanto conduzia, com uma voz efeminada e esganiçada, até o tomei por outro, um pateta do governo, a dizer que umas quaisquer sondagens davam 37,5% à coligação de gangsters que nos desgovernam e 38,5% ao PS/Costa. Portanto, dizia aquela caricata figura, "temos um empate técnico.
Será verdade? O povo quer levar no lombo?
Já nem sei o que diga, sinceramente!
P.Rufino