domingo, maio 24, 2015

À noite há figuras de luz a vestirem o Terreiro do Paço


Na sexta à noite fomos - com os meninos, pois claro - curtir a night de Lisboa. Do Mercado da Ribeira fomos até ao Terreiro de Paço onde ia haver festa. Depois contámos em voz alta os segundos a decrescerem até que o espectáculo começou. Se inicialmente os meninos se tinham sentado no chão, logo se ergueram para verem melhor as metamorfoses que o belo edifício que tem ao meio o arco da Rua Augusta ia sofrendo. Uma maravilha de luz e som. E todos (ou melhor, quase todos) nos balouçámos ao som da música, e todos vibrámos com os edifícios que pareciam desmoronar-se ou com o polvo gigante que parecia querer devorar o mundo para logo nos sossegarmos e alegrarmos com o ressurgimento da vida, da história.

Muito bom. As fotografias não fazem jus à qualidade do espectáculo mas a questão é que não fui prevenida com a minha machine e, portanto, tive que me socorrer do telelé.









Encontrei no Publituris a seguinte informação:

É já esta sexta-feira que estreia o espectáculo multimédia “Lisboa, Cidade do Mar”, pelas às 21h30, no Terreiro do Paço.


Dos Descobrimentos às provas náuticas, dos pregões das varinas às embarcações de pesca, do património às actividades de lazer, o ritmo da cidade confunde-se com o das próprias ondas no espectáculo multimédia “Lisboa, Cidade do Mar”, que será projectado na fachada do Arco da Rua Augusta, até ao dia 31 de maio, no Terreiro do Paço.


Com sessões diárias, de entrada livre, às 21h30, 22h30 e 23h30, o espetáculo faz uso de imagens realistas alternadas e misturadas com animações 2D e 3D, numa viagem sensorial. Da autoria Oskar & Gaspar, o espetáculo multimédia “Lisboa, Cidade do Mar” é uma iniciativa da Associação Turismo de Lisboa, em parceria com a EGEAC e a Câmara Municipal de Lisboa.



Não encontrei no youtube o espectáculo deste ano mas não faz mal, coloco aqui o de há dois anos que também foi fantástico.




Depois fomos até ao Cais das Colunas mesmo junto à água, e depois fomos andando pelo passeio ribeirinho e o avô, que adora história e sabe tudo o que há para saber sobre qualquer assunto e que tem uma memória prodigiosa para essas coisas, começou a contar coisas dos Descobrimentos e os meninos ficaram encantados e fizeram mil perguntas, e fomos ver os carros da marinha e andámos pelo relvado inclinado e vinha um fresco tão bom do rio e eles 'e conta outra descoberta, avô' e mil perguntas sobre cada coisa e o avô, que não é de muita conversa, estava todo contente pelo interesse que os meninos mostravam pela história de Portugal e falou-lhes dos espiões do rei, da vela latina e do sextante e da escola de Sagres e do mostrengo que afinal não existia e de quão corajosos foram, então, os portugueses. Mas disse também que infelizmente o País nunca soube aproveitar capazmente o fruto de tão grandes feitos - mas disse-o en passant e os meninos, felizmente, nem deram por isso senão seria difícil entrar em pormenores.

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