quinta-feira, abril 02, 2015

A casa da sedutora Lauren Bacall


No post abaixo já falei da bandalheira que vai para os lados da AT e arredores. Parece que uma maltosa desclassificada se alapou por tudo o que é sítio, desgraçando o funcionamento de todos os serviços. Mas, para evitar sujar-me na licharada em que a vida política deste País se está a tornar, desviei-me e falei de uma senhora admirável: Helen Mirren, talentosa, elegante, divertida. Ela é outra vez a Rainha e, por onde passa, dá show - e foi isso que aconteceu quando foi ao The Tonight Show com o Jimmy Fallon..

Mais abaixo ainda, mostrei um vídeo divertido com uma campanha a favor do sexo seguro, contra a Sida.

Mas isso é a seguir. Aqui, agora, a conversa é outra.


Mas vamos com a voz de Lauren Bacall: How little we know





Lauren Bacall ficará para sempre como a grande sedutora do cinema. A forma como olhava, aquele seu olhar líquido e transversal, a forma como os seus lábios se expressavam sem ter que pronunciar qualquer palavra, ou a forma provocante como, com poucas palavras, derrubava qualquer resistência, o tom de voz que parecia prometer secretos prazeres, a forma como o seu corpo se meneava de forma subtil mas irresistível, tudo permanecerá como a sua indelével imagem de marca.




Lauren Bacall (que nasceu Betty Joan Perske em 1924) morreu em Agosto de 2014.

O recheio da sua casa, onde se contam inúmeras obras de arte (incluindo oito esculturas de Henry Moore) e peças de decoração inesperadas e valiosas, mostra que Lauren Bacall foi uma mulher de bom gosto e uma coleccionadora. São algumas peças da sua casa e dos seus pertences que agora estão a ser leiloados.


Lauren Bacall with Sophie, her papillon, in her apartment at the Dakota, in New York City.
Photographed by Annie Leibovitz


A chamada Bacall Collection vale para cima de uma pipa de massa e terá começado a ser vendida há poucos dias, no final de Março.

de Robert Graham

Transcrevo:

Everyone knows Lauren Bacall the famous actress,” says Jon King, vice president and director of Bonhams in New York (and longtime friend to the actress, who passed away in August). “But they don’t know her as the serious collector.”
The charming display of fat, comfy sofas, warm-patina wood tables, African masks and figurines, John James Audubon pelican paintings, and cases and cases of knickknacks that spill through the galleries of Bonhams indicates that Bacall was indeed a serious collector. 
During the inventory process, King found a considerable paper trail testifying to her ability to hoard with style.
“I found receipts from all over London, all over Los Angeles, all over New York, Paris, Rome, Australia—wherever she went,” he says. “That’s the sign of a real collector. They just can’t stop looking.”
Bacall’s auction, which commences on Tuesday, March 31, at 10 A.M., is just the latest in a recent series of estate auctions of women of great taste.
But it wasn’t simply Bacall’s eye that made her vision so spectacular. It was her ability to assemble objects in a room that really seems to be romancing potential buyers. (The auction catalog, good enough to plop on your coffee table, is punctuated with fabulous photographs of her home.) King points to a large photograph of Bacall’s apartment, showing a walnut bombe commode, the legs of which curl like smoke from a cigarette taking direction from Howard Hawks.
“She was combining French 18th century with Burmese rain drums, with Henry Moore prints, with David Hockney, Victoria Staffordshire [in the lamp],” King says. “No rhyme or reason.”




....




E não resisto a aqui partilhar um tributo a esta mulher que destilava sedução



___


Relembro: para outra grande artista (e, até como forma de fugir aos mal-cheirosos do governo) e para uma eficaz campanha a favor do sexo seguro, é descerem, por favor, até aos dois posts já a seguir.

-----

Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela quinta-feira. 
Se possível, com muito amor.

...

2 comentários:

Humberto disse...

Olá UJM
Obrigado por este óptimo artigo sobre a fantástica Betty Bacall, como ela gostava que a chamassem. Vi-a no teatro, no papel de Margo Channing, em APPLAUSE ( versão musical do filme All about Eve, interpretado pela grande Bette Davis ). Foi uma experiência inesquecível . Em 1985 ela voltou a Londres com Sweet Bird of Youth, mas foi impossível lá ir vê-la. Inteligência, beleza e talento numa só mulher.
Um grande abraço
HB

Mar Arável disse...

A Páscoa é uma passagem