quarta-feira, abril 01, 2015

Pôr a casa pronta para a primavera, decorar com leveza e alegria. E mesas de café que não chateiam muito.







Como muito bem sabem as pessoas que por aqui passam de visita, faço parte da minoria privilegiada deste país. Não o digo com vaidade mas quase como uma justificação para falar no que vou falar quando sei que há tantas pessoas com dificuldade em manter a sua única casa. Mas tenho tido sorte e por isso me sinto agradecida, não sentindo que tenha que me envergonhar ou esconder a minha situação. 




Ou seja, tenho duas casas, uma na cidade e outra no campo. Claro que também não é nada de estonteante já que há quem tenha também casa de praia, um flat no Rio, um ninho em Paris, um iate não sei onde e talvez até um hotel inteiro noutro sítio qualquer. Enfim, tudo uma questão de escala. Adiante.

Vem isto a propósito de eu gostar de decoração e de ter por onde praticar. 




Não gosto de mobílias escuras, uniformes, pesadas, não gosto de ambientes convencionais. Se algum móvel é mais tradicional, logo o conjugo com outras coisas mais leves. Gosto de cores alegres, de peças variadas, de sítios onde nos possamos sentar no chão ou de ter banquinhos para que uma pessoa pegue neles e se sente onde quer. E gosto de almofadas e de as mudar de sítio. Quando se mudam as almofadas de sítio, é a cor delas que muda de sítio e a decoração já parece renovada.




A mesma coisa com as cobertas, os panos que se põem em cima dos sofás (quando se põem, claro) ou as colchas da cama. É fácil a casa parecer ter um ar rejuvenescido, fazendo pouco. Uma peça colorida, uma nova disposição das coisas, um bibelot inesperado, alegre, um espelho com uma pequena jarra com flores à frente, tudo ajuda. Enquanto escrevo, tenho suspensas no tecto, mesmo sobre mim, uma bailarina, uma fadinha e uma outra menina extravagante e só isso, acho eu, já dá um toque pessoal e divertido à sala. 




Vem isto a propósito do artigo da Harpar’s Bazaar dedicado ao rejuvenescimento primaveril das casas através de poucas mudanças e do qual fazem parte as fotografias que usei para ilustrar este post.



Em qualquer das duas casas tenho duas salas: a que é usada usualmente, onde está a televisão, os livros, o sítio para escrever, e outra que é usada quando se trata de convívio entre um grupo mais alargado de pessoas e que está perto da zona das refeições. 

Em qualquer dos espaços a lógica é sempre a mesma: sofás ou cadeirões em volta, mesas de apoio ao lado dos sofás, e nenhuma mesa a meio. 




Acho que uma mesa ao meio estorva, temos que andar em volta, acanha o espaço. Apenas na casa in heaven, na sala da lareira, pela própria configuração da sala e porque quero que tudo fique mais aconchegado em volta do calor, tenho uma mesa baixa de madeira e tampo de vidro que comprei uma vez num antiquário. Em cima tinha umas peças bonitas que, depois de uma ter sido partida por um dos pimentinhas, já desandaram quase todas para a madeira de cima da lareira (acho que aquela madeira que serve de prateleira deve ter um nome mas agora não me lembro). Quando tinha um sofá em frente da lareira, a mesa, sem nada em cima, passou a servir essencialmente para quando lá estávamos,  o meu marido pôr os pés em cima.




Depois reformulámos a decoração e agora há uma banqueta larga forrada a tapeçaria em frente, e um par de bergères de cada lado.

Mas, de facto, nas casas onde vou, a maioria talvez tenha sempre uma mesa baixa em frente ao sofá principal da sala. 




Vem isto a propósito de outro artigo da Harper’s Bazaar sobre mesas de café e que, por achar algumas soluções interessantes, aqui coloco algumas fotografias pois podem dar boas ideias a quem esteja com vontade de dar um novo ar à sua casa.


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Quem canta é Maria Bethânia & Omara Portuondo  interpretando Só vendo que beleza (Marambaia)

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E, já que de coisas da cas, aqui se fala, sigam, por favor, até à última invenção em termos de copo de vinho

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