sábado, outubro 04, 2014

Se depois de eu morrer [Alô! Alô! É entrar! É entrar! Novo vídeo do CINE POVERO!]


No post abaixo estive na rua a ouvir o que algumas celebridades disseram do pronto-a-vestir de primavera/verão 2015 da casa Chanel. Coisa fina, portanto.


Contudo, aqui, agora, deixo o mundo da beautiful people e dos desfiles nas ruas do efémero e entro no maravilhoso mundo do Cine Povero. Todos os seus vídeos são sempre de grande beleza. Ao luxo das palavras juntam-se inesperadas imagens, música a preceito - tudo cerzido com requinte e perfeição, verdadeira alta costura.



Este de que aqui me faço eco traz-nos Alberto Caeiro [Fernando Pessoa (1888-1935)] com Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia na voz de Mário Viegas, com música de Hecq, “Lost for words”, sobre filme do autor feito no Parque Nacional Plitvice Jezera (Croácia). 


Uma maravilha.







Chamo agora para a festa David Uzochukwu, um menino fotógrafo de 15 anos, belga, que surpreendeu meio mundo. Foi premiado como Fotógrafo EyeEm 2014 e é uma coisa do outro mundo.






Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia, 
Não há nada mais simples 
Tem só duas datas — a da minha nascença e a da minha morte. 
Entre uma e outra cousa todos os dias são meus.






Sou fácil de definir. 
Vi como um danado. 
Amei as cousas sem sentimentalidade nenhuma. 
Nunca tive um desejo que não pudesse realizar, porque nunca ceguei. 
Mesmo ouvir nunca foi para mim senão um acompanhamento de ver. 
Compreendi que as cousas são reais e todas diferentes umas das outras; 
Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento. 
Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas iguais. 






Um dia deu-me o sono como a qualquer criança. 
Fechei os olhos e dormi. 
Além disso, fui o único poeta da Natureza





...


(Para Chanel e tal é descer, por favor.)


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