Depois de abaixo ter agradecido a sugestão de alfazema by Chanel que um Leitor teve a amabilidade de me enviar e de, à boleia do perfume, ter entrado na Casa Chanel para tocar com as minhas mãos nas cores que Madame mais amava e de ter visto a moda para a próxima saison, eis que aqui, agora, no escurinho do cinema, isto é, do CINE POVERO, me deito no chão para ter como céu a copa das árvores onde os pássaros fazem a sua casa.
Birds in Tree by Lynne Alexander |
Os pássaros nascem na ponta das árvores
As árvores que eu vejo em vez de fruto dão pássaros
Os pássaros são o fruto mais vivo das árvores
Os pássaros começam onde as árvores acabam
Os pássaros fazem cantar as árvores
(...)
Eu amo as árvores principalmente as que dão pássaros
Quem é que lá os pendura nos ramos?
De quem é a mão a inúmera mão?
Eu passo e muda-se-me o coração
Ruy Belo, "Algumas proposições com pássaros e árvores que o poeta remata com uma referência ao coração" in Homem de Palavra(s), 1970
- Luisa Cruz na antologia / CD, editada por Gastão Cruz, Ao Longe os Barcos de Flores (Assírio & Alvim, 2004)
- Música: Max Richter, "On the nature of daylight" in The Blue Notebooks (2004)
- Translated by Richard Zenith in 1997.
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Recordo: para continuar, meu Caro(a) Leitor(a) numa onda de beleza, embora de outra ordem, permita-me que lhe sugira que continue a descer.
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