Que intrigante barco é este que está estacionado no Tejo, junto à Baixa de Lisboa? Um simples iate de recreio...? De algum russo, chinês, angolano, brasileiro ou árabe que veio às compras... Ou simplesmente ver se Lisboa está à venda?

Não sou mestre em barcos tanto mais que, ao fim de mil anos a conviver com o meu marido, ainda me distraio e trato os barcos por barcos. Tendo feito cerca de dois anos de Marinha, talvez lhe tenha ficado essa coisa. Quando vejo um barco de guerra e lhe pergunto que barco é aquele, diz-me sempre que não é barco, é navio. Depois lá responde: corveta, fragata, essas coisas.

No caso deste que está ancorado a meio Tejo, imponente, quase intimidante, navio não será, de guerra talvez também não. Iate, sim. Mas que iate...! Helicóptero e sabe-se lá que mais, uma tripulação aplicada que aproveita o estacionamento para lavar o casco, e, certamente, na copa e salão, a puxar o brilho às pratas, aquilo, sim senhor, é um iatezinho de dar gosto.

Não se conseguiu ver nem o nome nem a bandeira. O aspecto é um bocado enigmático. Uma cimeira árabe? Um russo que veio às compras? Um novo brinquedo do Roman Abramovich? Uma exibição de poderio de algum empresário que se quer perfilar para as privatizações que ainda faltam? Pois não sei.