sexta-feira, março 07, 2014

Scarlett Johansson (que parece que agora está grávida) numa clara demonstração de que é uma sedutora (mostrando inteligência, malícia e sentido de humor, sabendo adequar os requebros da voz aos desvios e sorrisos do olhar). Love.


Parece que este sábado, dia 8, é Dia da Mulher. Tenho estado aqui a debater-me. Dia de...? Mas que seja: falarei de mulheres. 

Nunca senti qualquer prejuízo por ser mulher. Trabalho tanto quanto os meus colegas homens, tenho tanta responsabilidade como eles, ganho o mesmo que eles. Sempre assim foi. Mas, sei lá, às tantas tenho um lado masculino muito forte. Eu acho que não, que sou muito feminina mas sei lá se eles me acham viril. Na verdade, na hora de trabalhar, sou agnóstica quanto a sexos. Digo e faço o que acho que devo, sem receios, sem inibições. Não sinto que tenha que provar mais por ser mulher. Não. No que se refere a trabalhar, não me refugio no meu estatuto de mulher, não quero privilégios nem cuidados. 

Por isso, não posso queixar-me e tenho alguma dificuldade em assumir um discurso feminista.

Convivo essencialmente com homens e eles olham-me como igual.

Mas não raramente, no meu local de trabalho, dou com miúdas que acham que têm que usar decotes ou brutas mini-saias para fazer pela vida. Ou outras que trabalham como loucas para provar que trabalham muito, noite e fim de semana, talvez com receio que pensem que ligam muito à família.

Eu não. Se usar um decote franco é porque gosto de me ver decotada (e gosto mesmo) e não porque pretenda que isso me possa levar mais longe. E faço questão de marcar a minha posição: a minha família chegada está antes do que quer que seja pelo que farei sempre tudo para não poluir o espaço de convívio familiar com problemas profissionais. 

Nunca me passou pela cabeça impressionar alguém seja de que forma for para progredir. Aliás esta de progredir ou ter carreira são coisas que não fazem parte do meu léxico. 

No entanto, não generalizo a partir do meu caso pessoal. Por todo o lado se sabe que há mulheres que são menorizadas face aos homens. Talvez que se elas próprias não se sentirem assim e souberem afirmar a sua identidade a sua vida seja facilitada mas, seja como for, toda a atenção é pouca. 

Uma mulher é uma mulher é uma mulher. E isso é bom. Não é defeito. É bom. E, sendo bom, deve ser valorizado.

Andei à procura de vídeos com mulheres para festejar o Dia da Mulher e dei com este da Scarlett Johansson para a Dolce and Gabanna. Não é de agora mas é uma graça. Gosto de mulheres assim. Mais do que de mulherzinhas agoniadas, ensimesmadas, agarradas ao seu umbigo ou à sua própria sombra, eu gosto de mulheres luminosas, com um lado sexy, com aspecto de serem inteligentes, bem humoradas.


Um homem talvez tivesse dificuldade em dizer o que eu disse, 'eu gosto de homens'. Eu, que sou mulher, não tenho receio de dizer 'eu gosto de mulheres assim ou assado'. Gosto de as ver porque gostava de ser como elas - é simples.

Por exemplo, acho que vou ensaiar com ela e amanhã surpreendo o meu marido com o que ela diz no vídeo:
 I had an italian boyfriend once. His mother broke up with me. ..................



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NB: Infelizmente não sou accionista da marca Dolce and Gabanna.


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